Notícia
Shinzo Abe demite-se do cargo de primeiro-ministro de Japão
O primeiro-ministro japonês vai deixar a liderança do governo por motivos de sáude.
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Shinzo Abe demitiu-se da liderança do governo do Japão esta sexta-feira, 28 de agosto, devido a uma doença crónica que já o havia afastado das funções governativas em 2007.
A notícia, avançada pelos meios de comunicação locais, foi confirmada por um membro do Partido Liberal Democrata do Japão e depois pelo próprio, esta manhã.
Abe, de 65 anos, confirmou que se vai afastar para realizar tratamentos a uma doença digestiva crónica, uma colite ulcerosa. No entanto, vai permanecer no cargo até que os líderes do partido realizem uma votação interna para escolher um successor, e mostrou vontade de permanecer como deputado depois de passar a pasta ao próximo chefe do Governo.
"Não estou seguro de que possa responder à confiança das pessoas enquanto estou a lidar com a minha doença e tratamento, e o meu estado de saúde não é bom", justificou Abe esta sexta-feira.
As preocupações com o estado de saúde de Abe voltaram à discussão pública no início do verão e intensificaram-se este mês, quando o governante deu entrada por duas vezes num hospital de Tóquio, para realizar exames.
Na primeira vez que ocupou o cargo, Abe demitiu-se abruptamente, em 2007, também devido a problemas de saúde. Estava na liderança do atual Governo desde o final de 2012, um recorde de longevidade para um primeiro-ministro japonês.
A sua longa estadia aos comandos do Executivo trouxe estabilidade ao Japão depois de várias mudanças sucessivas de governo.
Abe ajudou o país a escapar de um ciclo de deflação, a melhorar as relações com os Estados Unidos e a reforçar os laços com o maior parceiro comercial, a China, numa altura em que as relações estavam profundamente deterioradas.
A notícia da saída de Abe motivou perdas generalizadas no mercado acionista do Japão: o índice Nikkei fechou o dia a perder 1,41%, depois de ter chegado a desvalorizar 2,65%, enquanto o Topix deslizou 0,68%, após descer um máximo de 1,55%.