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Sete histórias de empresas exportadoras

Da banca às tecnologias, do agro-alimentar ao calçado, passando pelo sector farmacêutico, as empresas portuguesas dão cada vez mais importância aos mercados internacionais.

15 de Dezembro de 2010 às 12:34
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CGD diz estar bem internacionalizada


Rodolfo Lavrador
, administrador da CGD, diz que banco
está onde clientes estão ou deviam estar.

"A Caixa Geral de Depósitos está bem internacionalizada", com "25% a 30% da actividade virados para a presença internacional", sublinhou Rodolfo Lavrador, administrador do banco público, que está hoje presente num total de 24 países. "O grupo procura estar onde os nossos clientes estão e onde achamos que os clientes devem estar", explicou o responsável da instituição financeira, que além do mercado ibérico destaca ainda a importância do Brasil e de África - não só de língua portuguesa - como mercados estratégicos.




Bial entrou este ano em mais 10 mercados


António Portela
, administrador da Bial, diz que grupo quer ter uma presença importante na Europa.

A farmacêutica Bial está hoje presente em quase meia centena de mercados, que pesam já um terço na facturação. Só este ano, e por causa do anti-epiléptico Zebinix, a empresa entrou em mais 10 países. António Portela, administrador da Bial, considera que "neste momento a internacionalização é crítica", já que "para o grupo continuar a investir o que está a investir em investigação e desenvolvimento tem de vender fora de Portugal". "Precisamos de ter plataformas para colocar os produtos que estamos a desenvolver", afirmou.




Exportar é pouco para a Sovena


António Simões, presidente da Sovena, que tem hoje 10 mil hectares de olival plantados em três países

O grupo Sovena, que produz e comercializa azeite e óleo, multiplicou por 10 a sua facturação em 10 anos, deixando de ser uma empresa com 90% do negócio em Portugal para passar a fazer 80% do negócio fora de Portugal, representando a Península Ibérica 55%. A aposta do grupo passa agora por reforçar o peso de outros mercados. António Simões, presidente da Sovena, considera que para a empresa "exportar é pouco", razão pela qual o grupo se deslocalizou e tem já três operações industriais fora de Portugal.




Fly London cresce 28% este ano


Fortunato Frederico
, presidente da Fly London, prevê facturar este ano 55 milhões.

A Fly London não tem dúvidas que no próximo ano vai continuar a crescer, apontando Fortunato Frederico, presidente da empresa de calçado, para uma meta de 10% a 12%. A empresa de calçado, que há 15 anos lançou a sua marca própria, está hoje presente em 50 países e tem já uma rede de lojas. A empresa prevê facturar este ano 55 milhões de euros, o que significa um crescimento de 28%, acima dos 12% a 15% que tinha previsto. Além de incorporar tecnologia, a Fly London procura ainda parcerias com institutos públicos.




Novabase explora Angola e Emirados


Nuno Fórneas
, administrador da Novabase, que hoje vende "chips" para caixas de TV na Índia e China.

A Novabase obtém já 13% da sua facturação fora de Portugal, ou seja, o negócio internacional gera hoje 30 milhões de euros e novos mercados, como Angola e Emirados Árabes Unidos, são regiões que o grupo quer explorar. Nuno Fórneas, administrador da tecnológica, reconhece que a empresa utiliza muitas vezes o "made in Europe", mas recorda que "há cada vez mais casos de novas tecnologias em Portugal com muito sucesso". O País "tem sido um balão de ensaio para novas soluções tecnológicas", considera.




SIBS Internacional factura cinco milhões


Pedro Hipólito, director-geral SIBS Internacional, que está já presente em 10 países.

A SIBS decidiu há dois anos internacionalizar-se, com a Roménia a ser palco da primeira experiência. Hoje o grupo tem uma empresa específica para os negócios internacionais, com actividade em dez países fora de Portugal. De acordo com Pedro Hipólito, director-geral SIBS internacional, a empresa tinha, no início deste primeiro ano de actividade, projectado uma facturação de 600 mil euros, mas vai ultrapassar os cinco milhões. Em sua opinião, "a marca 'made in Portugal' não ajuda", mas "quando o produto é bom, é vendável lá fora".




Skysoft vai vender para Coreia e Canadá


José Neves
, administrador da Skysoft, diz que o Brasil pode ser alavanca para as exportações.

A Skysoft, que desenvolve soluções tecnológicas em áreas como a aeronáutica, segurança ou defesa, começou este ano a vender produtos para empresas na China e tem previsto no início de 2011 passar a comercializar para os mercados da Coreia e do Canadá. José Neves, administrador da Skysoft, considera que Portugal tem uma grande vantagem relativamente aos seus competidores dos "PIGS": a relação com o Brasil. Em sua opinião, "o Brasil pode ser uma alavanca para Portugal".


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