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Seduzir os professores é decisivo para vender livros escolares

O regresso à escola vem lá, mas o campeonato dos manuais escolares já foi. Os dados são lançados no segundo trimestre do ano, altura em que as editoras apresentam os seus livros aos professores.

04 de Setembro de 2009 às 00:01
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O regresso à escola vem lá, mas o campeonato dos manuais escolares já foi. Os dados são lançados no segundo trimestre do ano, altura em que as editoras apresentam os seus livros aos professores.

São eles que vão ditar quais serão, entre as obras apresentadas, aquelas que as escolas irão adoptar. Sessões em hotéis, refeições com livros e seus apetrechos. É o manual do professor, o CD Rom. Há todo um jogo de sedução forte. Que implica investimento. É quase o tudo ou nada. Pode perder-se muito. Pode ganhar-se a reprodução de um livro durante seis anos.

"Este é um negócio arriscado. Não é capital de risco, mas quase", compara Paulo Ferreira, consultor editorial da Booktailors. "A produção de um manual escolar implica um investimento inicial muito forte. Há que destacar equipas de coordenadores editoriais, contratar autores, ilustradores, 'infografistas', direitos de imagem, materiais pedagógicos digitais...", indica. "Quando se consegue um boa quota, logo à partida, durante seis anos há uma expectativa mais ou menos previsível de facturação garantida".

Em Agosto de 2006, um novo diploma legal alargou o período de vigência dos manuais escolares de quatro para seis anos, o qual pode ser reduzido caso o conhecimento científico evolua ou o conteúdo dos programas se revele desfasado. Ora, esta legislação colocou uma maior pressão nos editores. E, daí, o quase tudo ou nada. Ganha-se ou perde-se muito em seis anos.

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