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Schaeuble: Alemanha admite aplicar sozinha taxa sobre transacções financeiras

Ministro das Finanças alemão defende que os Estados têm mesmo de avançar com recapitalizações de bancos se estes não se conseguirem financiar nos mercados. Schaeuble diz também que há "muitos sinais" de falta de sustentabilidade da dívida grega e que são precisas mais medidas em Itália.

12 de Outubro de 2011 às 18:58
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O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, afirmou hoje, em Berlim, que a Alemanha vai implementar uma taxa sobre as transacções financeiras na eventualidade de não haver um entendimento a nível internacional.

A medida será uma opção de “último recurso” caso os estados-membros da Zona Euro, da União Europeia ou de todo o mundo não cheguem a acordo para promover este imposto que, de acordo com a Comissão Europeia, poderá render 55 mil milhões de euros por ano.

Em Outubro, Angela Merkel já adiantou que vai propor a aplicação desta taxa na reunião do G20, a realizar a 3 e 4 de Novembro, em Cannes, França.

Em Berlim, Schaeuble disse que uma das soluções para a crise da dívida passa pela recapitalização da banca, que faz parte do roteiro hoje apresentado por Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

“Temos de assegurar que os bancos europeus com importância sistémica estão equipados com capital suficiente, para que uma crise da dívida soberana não desencadeie um colapso do sistema bancário através de contágio”, indicou o responsável pela pasta das Finanças germânico, citado pela Bloomberg.

Na opinião de Wolfgang Schaeuble, a decisão sobre a necessidade, ou não, de um reforço de capital, cabe aos próprios bancos. Se não conseguirem obter o capital necessário a partir do mercado, os estados “vão buscar por eles”, assinalou, de acordo com a agência de notícias.

Itália "não pode ser poupada" a novas medidas

Sobre a situação de vários países da Zona Euro, o ministro das Finanças alemão espera que a legislação para a expansão do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), instrumento que participa nos resgates a países europeus, seja aprovada na nova votação de sexta-feira, depois de ontem ter sido rejeitada pelo Parlamento.

Em relação à Itália, Schaeuble defendeu que o Governo liderado por Sílvio Berlusconi tem de adoptar medidas que melhorem a sua credibilidade enquanto nação. A Itália “não pode ser poupada” a novas medidas de consolidação orçamental mais credíveis, disse.

Quanto à Grécia, Schaeuble admite que há "muitos sinais" que sugerem que a dívida da Grécia não é sustentável.

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