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S&P: "Esperamos novos cortes nos ‘ratings’ das dívidas soberanas"

Para David Beers, chefe do departamento de "ratings" soberanos da Standard & Poor’s, o período de cortes nos “ratings” dos países ainda não acabou.

27 de Setembro de 2010 às 19:11
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Para Beers, os “défices orçamentais” e as “pressões demográficas nas finanças públicas” estão a contribuir para que o período de cortes nos “ratings” das dívidas soberanas se prolongue.

“Estamos agora numa era que eu e a minha equipa pensamos que se irá prolongar ainda por mais algum tempo, em que esperamos que haja novos cortes nos ‘ratings’ dos países”, adiantou Beers, chefe do departamento de "ratings" soberanos da Standard & Poor’s, num evento que decorreu hoje em Londres, citado pela Bloomberg.

Numa altura em Irlanda, Portugal e Espanha ainda resistem à entrada em cena do FMI e procuram convencer os investidores de que tal intervenção não será necessária, esta declaração de Beers faz temer pelo futuro destes países no que diz respeito à sua capacidade para ultrapassar a crise.

A crescente semelhança da situação grega com os casos irlandês e português (mais que o espanhol) está a deixar os investidores preocupados com o desenrolar dos acontecimentos, sendo que uma nova revisão em baixa do “rating” da dívida soberana de Irlanda ou Portugal poderia traduzir-se num duro revés para ambos os países.

“Não estamos a atravessar um período normal”, adverte Beers. “É perfeitamente respeitável que os governos tomem novas decisões orçamentais, mesmo que esses decisões tenham custos no ‘rating’ do seu crédito”, adiantou Beers, num discurso que parece aplicar-se ao governo português, depois de o ministro Teixeira dos Santos ter aventado a hipótese de haver novos aumentos de impostos em 2011.

A questão para Beers é que, “quando se trata de países como a Grécia, onde a solvência está em causa, as opções orçamentais” são mais limitadas.
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