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Salários baixos são os que aderem mais ao PPR do Estado

Os portugueses com menos rendimentos são os que mais estão a aderir ao certificado de reforma, o instrumento lançado a 1 de Março, que permite aos trabalhadores descontarem uma percentagem do salário para um complemento, a receber no fim da vida activa. P

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Os portugueses com menos rendimentos são os que mais estão a aderir ao certificado de reforma, o instrumento lançado a 1 de Março, que permite aos trabalhadores descontarem uma percentagem do salário para um complemento, a receber no fim da vida activa. Perto de um terço dos aderentes têm um salário bruto até 814 euros.

Os dados das adesões no primeiro mês, disponibilizados pelo Instituto de Gestão do Fundo de Estabilização da Segurança Social (IGEFSS), responsável pela gestão do certificado de reforma, mostram que dos 2486 subscritores, 775 (31%) têm um salário bruto mensal até 814 euros. Ou seja, inferior ao vencimento médio em Portugal que, em Outubro de 2007, era de 840 euros, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Mais de metade dos aderentes (52%) têm um salário bruto até aos 1222 euros.

Números que surpreenderam Manuel Baganha, presidente do IGEFSS: "Contrariamente ao que se poderia esperar, os certificados de reforma não têm sido um instrumento virado para pessoas de rendimento mais elevado". "Diria que há aqui uma mudança de perfil em relação aos subscritores de PPR privados", considera o presidente do IGFEFSS.

Manuel Baganha avança como possíveis justificações para este resultado "o facto de as entregas serem mensais, poderem ser valores baixos e ser uma percentagem do vencimento". Mas não só. "Talvez neste momento haja uma maior preocupação com a poupança para a reforma e o facto de ser um instrumento gerido pela Segurança Social dê um maior conforto em relação ao risco", acrescenta o presidente do IGEFSS. Em suma, o PPR do Estado estará a "criar mercado".

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