Notícia
Saída de investimento estrangeiro da China atinge nível recorde no segundo trimestre
Trata-se de um aprofundamento da tendência descendente registada no ano passado, quando os dados da SAFE revelaram o crescimento mais lento do investimento estrangeiro na China em três décadas.
12 de Agosto de 2024 às 08:51
O investimento direto de empresas estrangeiras na China caiu cerca de 14,8 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros), entre abril e junho, na maior saída de investimento estrangeiro desde que há registo, segundo a agência Bloomberg.
Os dados, divulgados pela Administração Estatal de Câmbio (SAFE), mostram também que os passivos de investimento direto da balança de pagamentos - um indicador que acompanha o novo investimento estrangeiro no país, registando os fluxos de dinheiro ligados a entidades estrangeiras na China - caíram 4,6 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros), no primeiro semestre do ano.
Trata-se de um aprofundamento da tendência descendente registada no ano passado, quando os dados da SAFE revelaram o crescimento mais lento do investimento estrangeiro na China em três décadas, após uma queda de 82%, em termos homólogos.
O valor de 2023 foi de 33 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros), uma queda significativa em relação a 2021, quando a China bateu o seu recorde de receção de investimento estrangeiro com cerca de 344 mil milhões de dólares (314 mil milhões de euros).
De acordo com projeções da agência Bloomberg, se a tendência registada no primeiro semestre deste ano se mantiver ao longo do segundo semestre, 2024 será o primeiro ano a registar um fluxo líquido negativo de investimento estrangeiro desde que a série histórica começou em 1990.
Apesar dos esforços de Pequim para atrair e reter investimento estrangeiro, fatores como o aumento das tensões geopolíticas ou taxas de juro mais elevadas em outros países - tornando-os mais atrativos para a detenção de fundos do que na China - explicariam esta tendência.
Além disso, setores específicos como o automóvel também reduziram o seu investimento, neste caso devido à rápida transição da China para os veículos elétricos, o que fez com que alguns fabricantes estrangeiros reduzissem ou retirassem investimentos, notou a Bloomberg.
Os dados da SAFE podem também refletir a evolução dos lucros das empresas estrangeiras ou a dimensão das suas atividades na China.
Os dados anteriormente divulgados pelo Ministério do Comércio, que não incluem os lucros reinvestidos e são menos voláteis do que os números da SAFE, apontavam para que o novo investimento direto estrangeiro na China no primeiro semestre tivesse atingido o seu nível mais baixo desde 2020, quando eclodiu a pandemia de covid-19.
A baixa procura interna e internacional, os riscos de deflação e os estímulos insuficientes, juntamente com uma crise imobiliária que ainda não terminou e a falta de confiança no setor privado são algumas das principais causas que os analistas citam para explicar a situação na segunda maior economia do mundo.
Perante esta situação e a queda do investimento estrangeiro, as autoridades chinesas renovaram várias vezes a sua promessa de maior abertura e condições iguais face à concorrência interna.
Os dados, divulgados pela Administração Estatal de Câmbio (SAFE), mostram também que os passivos de investimento direto da balança de pagamentos - um indicador que acompanha o novo investimento estrangeiro no país, registando os fluxos de dinheiro ligados a entidades estrangeiras na China - caíram 4,6 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros), no primeiro semestre do ano.
O valor de 2023 foi de 33 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros), uma queda significativa em relação a 2021, quando a China bateu o seu recorde de receção de investimento estrangeiro com cerca de 344 mil milhões de dólares (314 mil milhões de euros).
De acordo com projeções da agência Bloomberg, se a tendência registada no primeiro semestre deste ano se mantiver ao longo do segundo semestre, 2024 será o primeiro ano a registar um fluxo líquido negativo de investimento estrangeiro desde que a série histórica começou em 1990.
Apesar dos esforços de Pequim para atrair e reter investimento estrangeiro, fatores como o aumento das tensões geopolíticas ou taxas de juro mais elevadas em outros países - tornando-os mais atrativos para a detenção de fundos do que na China - explicariam esta tendência.
Além disso, setores específicos como o automóvel também reduziram o seu investimento, neste caso devido à rápida transição da China para os veículos elétricos, o que fez com que alguns fabricantes estrangeiros reduzissem ou retirassem investimentos, notou a Bloomberg.
Os dados da SAFE podem também refletir a evolução dos lucros das empresas estrangeiras ou a dimensão das suas atividades na China.
Os dados anteriormente divulgados pelo Ministério do Comércio, que não incluem os lucros reinvestidos e são menos voláteis do que os números da SAFE, apontavam para que o novo investimento direto estrangeiro na China no primeiro semestre tivesse atingido o seu nível mais baixo desde 2020, quando eclodiu a pandemia de covid-19.
A baixa procura interna e internacional, os riscos de deflação e os estímulos insuficientes, juntamente com uma crise imobiliária que ainda não terminou e a falta de confiança no setor privado são algumas das principais causas que os analistas citam para explicar a situação na segunda maior economia do mundo.
Perante esta situação e a queda do investimento estrangeiro, as autoridades chinesas renovaram várias vezes a sua promessa de maior abertura e condições iguais face à concorrência interna.