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Rússia disponível para conversações, mas quer regiões anexadas reconhecidas
Reação de Moscovo acontece um dia depois de Joe Biden ter admitido que poderá voltar à fala com Putin.
O Presidente russo, Vladimir Putin, estará disponível para conversações sobre a guerra iniciada há nove meses com a invasão da Ucrânia por Moscovo, mas não sem condições. A Rússia exige o reconhecimento de regiões anexadas como parte do seu território.
"O Presidente da Federação Russa tem sempre estado, está e permanece aberto a negociações de modo a garantir os nossos interesses", comunicou nesta sexta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (na foto), escreve a Reuters.
As declarações são feitas um dia depois de o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter indicado que retomará o contacto com Vladimir Putin "se de facto houver interesse em que este decida que está à procura de uma forma de terminar a guerra", isto após uma reunião com o Presidente francês, Emmanuel Macron, em Washington.
Os contactos diretos entre os presidentes russo e norte-americano encontram-se interrompidos desde a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.
A resposta russa às declarações de Joe Biden não surge no entanto sem exigências, com o porta-voz do Kremlin a afirmar que a recusa norte-americana em reconhecer território anexado na Ucrânia como russo prejudica que seja encontrada uma via para pôr fim à guerra.
Anteriormente, destaca a Reuters, as exigências de Moscovo incluíam garantias de segurança e a condição de um recuo no alargamento da NATO e leste.
No final de setembro, Putin declarou quatro regiões ucranianas como sendo parte da Rússia: Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson Presentemente, a Rússia mantém a maior parte do território de Lugansk, estando travada em Donetsk e a sofrer revezes em Kherson e Zaporíjia, segundo descreve a BBC.
A Rússia assegura não estar disposta a aceitar uma exigência de retirada da Ucrânia.