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Republicanos aprovam proposta para cortar ajuda à Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia
A Comissão das Relações Externas da Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira uma proposta para cortar parte da ajuda externa aos governos da Argentina, Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia.
21 de Julho de 2011 às 08:20
A proposta, apresentada pelo republicano Connie Mack, foi aprovada com 23 votos a favor e 16 contra, durante o debate sobre a ajuda externa dos Estados Unidos para o ano fiscal 2012.
A comissão deverá continuar esta quinta-feira as discussões sobre a proposta, que também prevê cortes nas verbas para o Paquistão, Egito, Líbano, Iémen e Palestina, além de 25 por cento das contribuições norte-americanas para as Nações Unidas.
Connie Mack apresentou a proposta como retaliação a algumas nações que, segundo alega, "interferem" ou "oferecem resistência" aos processos democráticos.
"Não apoiam os ideais da liberdade, da segurança e da prosperidade" na região, afirmou.
Uma assessora da Comissão, explicou, no entanto, que a proposta de Connie Mack não corta "todos os fundos", já que se mantém a assistência considerada "não governamental", nomeadamente às organizações não governamentais que atuam nesses países.
Durante a reunião, os republicanos insistiram que os Estados Unidos não podem continuar a enviar ajuda a países que se opõem a Washington.
"Por quanto tempo mais vão os Estados Unidos subsidiar atividades que vão contra seus interesses nacionais?", perguntou o republicano David Rivera, eleito pela Flórida.
Já os democratas, entre eles Eliot Engel e Gregory Meeks, ambos de Nova Iorque, consideraram que é um erro "colocar todos os países no mesmo saco", e avaliaram que os Estados Unidos devem continuar a apoiar os programas para fazer avançar a democracia na região.
Segundo Eliot Engel, o único efeito do fim da ajuda americana é estimular a aproximação destes países à Venezuela de Hugo Chávez.
Horas antes, a comissão aprovou outra proposta que bloqueia o fundo de 48,5 milhões de dólares (34,18 milhões de euros) destinado à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Para entrar em vigor, a proposta terá ainda de ser aprovada em plenário da Câmara de Representantes e posteriormente no Senado, de maioria democrata.