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Reino Unido quer substituir quarentena por testes à covid-19 nos aeroportos
O governo do Reino Unido está a trabalhar com os aeroportos britânicos para a implementação de um sistema de testes rápidos à covid-19. Se bem sucedida, a iniciativa permitirá acabar com a quarentena obrigatória.
Pode estar para breve o fim das restrições às viagens para o Reino Unido. O ministro britânico da saúde revelou esta quarta-feira, em declarações à BBC Radio, que o governo está a "trabalhar" para implementar um sistema de testes rápidos à covid-19 nos aeroportos. A concretizar-se, a iniciativa significaria o fim da quarentena obrigatória, atualmente imposta a quem regressa de países considerados pelos britânicos como não seguros, como é o caso de Portugal.
Segundo Matt Hancock, o controlo dos passageiros será facilitado "se tivermos uma tecnologia de testagem que permita obter resultados em poucos minutos e não apenas no dia seguinte, pois deixa de ser necessário enviar o teste para o laboratório".
O ministro diz que ainda não é possível avançar com uma data concreta para que o sistema seja posto em prática. "Estamos a trabalhar o mais depressa que conseguimos com dezenas de empresas, tanto nacionais como estrangeiras, para melhorar a capacidade de testagem".
A imposição de quarentena obrigatória de 14 dias aos viajantes que entram em solo britânico tem sido problemática para o turismo nacional, sobretudo para o Algarve. Segundo os dados revelados pelo INE na semana passada, o número de turistas britânicos em Portugal caiu 98% em junho. O Reino Unido reviu a lista de países seguros no início do mês mas, apesar das negociações mantidas com o Governo português, não retirou Portugal da "lista negra".
No passado sábado, o país liderado por Boris Johnson retirou França da lista de países com corredores aéreos, levando os franceses a retaliar com a mesma medida, elevando o clima de tensão entre os dois países. Os viajantes oriundos de geografias como Espanha, Países Baixos e Bélgica também estão sujeitos a ficar de quarentena no Reino Unido.
À BBC, Matt Hancock defendeu que os teste rápidos são a solução que permitirá ao país "reduzir o fardo das questões associadas à quarentena" e "reabrir certos setores da economia". O responsável destacou que os viajantes terão, porém, de repetir o teste dias depois do regresso, uma vez que o período de incubação do vírus pode ir até duas semanas.