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Rei da Arábia Saudita substitui ministro da Energia por um dos seus filhos
Salman bin Abdulaziz Al Saud, o rei da Arábia Saudita, afastou o ministro da Energia e nomeou o príncipe Abdulaziz bin Salman para assumir uma das pastas mais importantes do país, numa altura incerta quanto à continuidade da política de cortes da OPEP+.
O novo ministro da Energia do maior exportador de petróleo do mundo é filho do rei da Arábia Saudita e transita do ministério de Estado dos Assuntos Energéticos para o da Energia. Esta é a primeira vez que esta pasta fica entregue a um membro da família real.
A mudança ocorre numa altura de incerteza sobre a política do grupo de maiores exportadores de petróleo do mundo, que tem tentado equilibrar a balança dos preços do "ouro negro" com sucessivos cortes na produção.
No entanto, o novo ministro assumiu esta segunda-feira, 9 de setembro, à Bloomberg, que "não haverá mudanças radicais na Arábia Saudita. Uma pessoa sai e outra entra (...) e os pilares não mudam".
Apesar disso, o barril de Brent, negociado em Londres, e do WTI, dos EUA, estão a negociar bem abaixo dos 80 dólares por barril, o valor considerado justo para equilibrar o orçamento saudita, segundo analistas.
Por esta altura, o Brent avança 0,81% pelo quarto dia consecutivo para os 62,03 dólares por barril. O WTI acompanha a tendência e negoceia nos 56,99 dólares por barril.
A razão para a demissão do antigo ministro Al-Falih não foi divulgada. Apesar do clima de incerteza, espera-se que o novo ministro da Energia da Arábia Saudita mantenha a estratégia do país intacta.
"A mudança de ministros acontece e não significa uma alteração de estratégia", disse Suhail Al Mazrouei, ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, à Bloomberg.
Esta substituição surge numa altura em que o grupo de produtores, com destaque para a Rússia, tentam impulsionar os preços, apesar da guerra comercial entre os EUA e a China estar a pesar sobre a procura global.