Notícia
"Tensões com autonomias" e "discurso independentista" em Espanha são preocupantes
As "tensões com as autonomias" e o aumento do "discurso independentista" em Espanha são preocupantes e devem ser seguidos de perto por Portugal, disse hoje o antigo comissário europeu António Vitorino.
26 de Setembro de 2012 às 21:14
"Não podemos deixar de apreciar o que está a ocorrer em Espanha neste momento. Há tensões com autonomias e, em alguns casos, o recrudescimento de um discurso independentista, que até levou o próprio rei de Espanha a intervir pela coesão nacional, num gesto raríssimo na história espanhola", afirmou Vitorino à Lusa, em declarações à margem do fórum Imobiliário e Europa, organizado pela Ordem dos Arquitectos e pela revista Confidencial Imobiliário.
O antigo ministro da Defesa de António Guterres pensa que os portugueses devem "acompanhar de muito perto essa evolução" no país vizinho.
"Entendo que é do interesse de Portugal que na Península [Ibérica] haja dois estados: Portugal e a Espanha", afirmou.
A nível da União, Vitorino acredita que as transformações provocadas pela crise da dívida soberana vão conduzir a um novo tratado europeu até 2015.
Portugal deve participar activamente neste processo, apesar do "ferrete da dívida soberana", diz Vitorino: "Portugal tem de fazer valer os seus interesses, e tem toda a legitimidade para participar no processo de reforma dos tratados, que se iniciará provavelmente nos próximos dois ou três anos".
Ainda assim, Vitorino considera que "quanto menos dependentes estivermos da assistência financeira, mais garantias teremos de que a nossa voz é forte e audível."
O antigo ministro da Defesa de António Guterres pensa que os portugueses devem "acompanhar de muito perto essa evolução" no país vizinho.
A nível da União, Vitorino acredita que as transformações provocadas pela crise da dívida soberana vão conduzir a um novo tratado europeu até 2015.
Portugal deve participar activamente neste processo, apesar do "ferrete da dívida soberana", diz Vitorino: "Portugal tem de fazer valer os seus interesses, e tem toda a legitimidade para participar no processo de reforma dos tratados, que se iniciará provavelmente nos próximos dois ou três anos".
Ainda assim, Vitorino considera que "quanto menos dependentes estivermos da assistência financeira, mais garantias teremos de que a nossa voz é forte e audível."