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"Tenho muitos conhecimentos, se calhar sou um bocado simpático, só isso"

Luis Horta e Costa, quadro do Grupo Espírito Santo e arguido no caso Portucale, resumiu assim a sua intervenção no processo. Limitou-se a intermediar um encontro com Abel Pinheiro, assegura.

09 de Fevereiro de 2011 às 14:25
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"Sou inocente desta novela em que estamos envolvidos. O que fiz, e continuarei a fazer, foi apresentar pessoas. Se calhar tenho muitos conhecimentos e falo com muita gente, se calhar sou um bocado simpático, só isso..." Foi desta forma que Luis Horta e Costa, arguido no processo Portucale, resumiu a sua intervenção nos factos agora em julgamento.

Horta e Costa explicou hoje de manhã ao colectivo de juízes que se limitou "a pensar em alguém que pudesse ser útil" e que a pessoa que lhe "ocorreu" foi Abel Pinheiro, próximo do então ministro do Ambiente Luis Nobre Guedes.

"É uma pessoa muito simpática, que nunca pediu nada em troca nem ficou de me fazer qualquer relatório do que fosse acontecendo, até porque eu nada entendia do processo", acrescentou.

"O dr. Abel Pinheiro tem o dom da palavra e muitas vezes telefona-me e conta-me histórias que eu não faço ideia do que são e a que digo simpaticamente sim, sim, com certeza, mas metade das coisas que me está a contar eu desconheço. E foi esta a minha intervenção neste processo", disse o arguido, sublinhando que "tecnicamente" é "um zero à esquerda neste processo".

"Quando fui visitado pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária encontraram papeis que eu nem sabia que existiam", concluiu Luis Horta e Costa.

O processo Portucale tem 11 arguidos, o mais mediático dos quais é Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS-PP. Decorre hoje a segunda sessão do julgamento.
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