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"Irlanda não precisa de mais tempo nem dinheiro"
O Governo irlandês acredita que deixou o pior para trás e que vai conseguir cumprir as metas de redução do défice e regressar progressivamente aos mercados a partir do fim de 2012.
O Governo irlandês acredita que deixou o pior para trás e que vai conseguir cumprir as metas de redução do défice e regressar progressivamente aos mercados a partir do fim de 2012, dispensando mais ajuda do exterior. Essa foi a expectativa deixada ontem em Lisboa por Lucinda Creighton, ministra dos Assuntos Europeus, que se reuniu com o primeiro-ministro e o seu homólogo português.
"Estamos cautelosamente confiante", mas "não é seguramente nossa intenção" pedir mais tempo ou mais dinheiro, afirmou aos jornalistas, lembrando, no entanto, a "flexibilidade suficiente" já antes oferecida pela à Irlanda pela troika (quando aceitou alternativas à subida dos impostos sobre o rendimento, como havia sido acordado pelo anterior Governo), e pelos parceiros do euro, que baixaram as taxas de juro "inicialmente proibitivas" do empréstimo ao país.
Sobre a Grécia, a responsável irlandesa foi ainda mais peremptória. "Temos de ser solidários e mantê-la no euro. Não há alternativa". Quanto ao desejo de demarcação – muito nítido em Portugal, mas também existente na Irlanda – Crei-ghton disse ser compreensível, mas apenas até certo ponto. "É óbvio que o processo de reforma está muito mais avançado em Portugal e na Irlanda, e que os desafios que se colocam à Grécia são muito maiores". Dito isto, "seria errado tentarmos demarcar-nos da Grécia ou de outro país em dificuldades", acrescentou, sublinhando que esse dever de solidariedade decorre, desde logo, de estes três países estarem em melhores condições de ter uma "grande compreensão em relação às dificuldades que enfrentam" uns e outros.
"Estamos cautelosamente confiante", mas "não é seguramente nossa intenção" pedir mais tempo ou mais dinheiro, afirmou aos jornalistas, lembrando, no entanto, a "flexibilidade suficiente" já antes oferecida pela à Irlanda pela troika (quando aceitou alternativas à subida dos impostos sobre o rendimento, como havia sido acordado pelo anterior Governo), e pelos parceiros do euro, que baixaram as taxas de juro "inicialmente proibitivas" do empréstimo ao país.