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"Clientelismo desenfreado" atingiu "níveis insuportáveis" no último Governo de Sócrates

Ricardo Bayão-Horta lançou hoje duras críticas ao último governo de José Sócrates, que enveredou por um “clientelismo desenfreado”.

16 de Junho de 2011 às 21:37
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Ricardo Bayão-Horta, que integrou cinco Governos - o último dos quais em 1982/1983 – considera que o próximo Governo tem uma herança muito pesada, sobretudo devido ao descalabro das finanças públicas, aumento do desemprego e falta de crescimento económico.

Em entrevista à RTPN, o antigo presidente do Conselho de Administração da Cimpor lançou críticas duras ao segundo Governo de José Sócrates, culpando-o pela “degradação ética da nossa vida pública”.

“A certa altura o governo enveredou por um clientelismo desenfreado, com confusão entre poderes públicos e económicos”, acusou Bayão-Horta, considerando que o clientelismo “atingiu níveis insuportáveis nos últimos dois anos”, sobretudo com circulação de pessoas entre empresas pública e gabinetes empresariais.

Questionado sobre se esta prática constituía corrupção, Bayão-Horta afirmou que o “clientelismo e corrupção andam sempre de braço dado” que o “clientelismo é uma componente da corrupção”.

Apesar de reconhecer que em anteriores Executivos também existia clientelismo, Bayão-Horta afirmou que não é “nada que se compare” com o que aconteceu nos últimos dois anos.

Acusou ainda o Governo de ter tido uma atitude “completamente afastada da responsabilidade que hoje é governar um país”.

Quanto ao futuro ministro das Finanças, o Bayão Horta afirmou que o seu principal mandato será “cumprir o acordo de entendimento com inteligência” e “explicando bem aos portugueses” as medidas que são necessárias tomar. O cumprimento do acordo é “possível” e de uma “importância extraordinária”, disse Bayão-Horta.

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