Notícia
PSD quer que António Costa "aperte" fiscalização dos operadores de telecomunicações
Taxa municipal de direitos de passagem, que é cobrada às empresas de telecomunicações pela ocupação do subsolo, continua a render menos que o previsto. A oposição critica a falta de acção da Câmara e executivo prepara-se para pedir ao Ministério da Economia que se pronuncie sobre a questão.
Em 2010, a Câmara de Lisboa (CML) arrecadou 768 mil euros com a taxa municipal de direitos de passagem, que compensa os municípios pelo uso do seu subsolo por parte das empresas de telecomunicações.
Na capital, a taxa é de 0,25% sobre cada factura de telefone, Internet ou televisão por cabo. Porém, a autarquia considera que a receita “poderia ser significativamente superior” face ao “volume de negócios das telecomunicações”, mas a própria câmara não sabe ao certo que valor seria esse.
António Prôa, líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, exigiu acções concretas. “A vereadora está preocupada mas tem que estar um bocadinho mais que isso”, acusou, afirmando que a autarquia tem formas de “pressionar de forma efectiva os operadores de telecomunicações da cidade de Lisboa para responderem de forma clara e séria”.
“A CML tem nas suas mãos a possibilidade de impor limites muito severos à operação dessas empresas de telecomunicações, seja através das fiscalizações – que podem ser muito mais apertadas, quer através de um conjunto de imposições relativamente ao desenvolvimento da actividade dessas empresas na cidade de Lisboa”, reivindicou o social-democrata. “É isso que faz falta: uma acção severa, concreta e no terreno, que prejudique as empresas que prejudicam a cidade de Lisboa e os seus munícipes”.
No ano passado, a Câmara de Lisboa já tinha admitido que a receita estava abaixo do previsto. E, de acordo com Maria João Mendes, agiu junto da Autoridade Nacional de Comunicações no sentido de clarificar a questão. “Em Outubro, a CML escreveu formalmente à Anacom para que fossem aplicadas a legislação e o regulamento que define a base da cobrança”. A resposta chegou em Maio deste ano, mas nada mudou desde então.
Lisboa vai pedir explicações a Álvaro Santos Pereira
A autarquia voltou a enviar uma missiva à Anacom e às empresas de telecomunicações no mês passado, mas já prevê voltar a fazê-lo – e até mesmo pedir explicações ao Ministério da Economia. “[Vamos] fazer uma insistência junto do ministério que tutela esta actividade”, anunciou a vereadora das Finanças. Maria João Mendes rejeitou intervir ao nível do espaço público porque isso iria prejudicar “os munícipes e as actividades económicas”.
O problema, apesar de tudo, não é exclusivo de Lisboa. “Tomando como exemplo os principais municípios, Lisboa teve, no ano passado, 768 mil euros, Sintra teve 167 mil euros, o Porto teve 79 mil, Cascais teve 152 mil”, demonstrou. “O problema não é da CML, é nacional e só pode ser resolvido com o apoio do regulador das telecomunicações”, afirmou.
Os problemas na cobrança levaram o Bloco de Esquerda, Verdes, PCP e Movimento Partido da Terra a votar contra esta taxa. O deputado do CDS Ferreira de Lemos disse mesmo que “não se justifica tanta morosidade; não é possível continuar a ceder aos interesses dos oligopólios do sector nem lidar com a atitude parasitária do regulador”.
Na capital, a taxa é de 0,25% sobre cada factura de telefone, Internet ou televisão por cabo. Porém, a autarquia considera que a receita “poderia ser significativamente superior” face ao “volume de negócios das telecomunicações”, mas a própria câmara não sabe ao certo que valor seria esse.
“A CML tem nas suas mãos a possibilidade de impor limites muito severos à operação dessas empresas de telecomunicações, seja através das fiscalizações – que podem ser muito mais apertadas, quer através de um conjunto de imposições relativamente ao desenvolvimento da actividade dessas empresas na cidade de Lisboa”, reivindicou o social-democrata. “É isso que faz falta: uma acção severa, concreta e no terreno, que prejudique as empresas que prejudicam a cidade de Lisboa e os seus munícipes”.
No ano passado, a Câmara de Lisboa já tinha admitido que a receita estava abaixo do previsto. E, de acordo com Maria João Mendes, agiu junto da Autoridade Nacional de Comunicações no sentido de clarificar a questão. “Em Outubro, a CML escreveu formalmente à Anacom para que fossem aplicadas a legislação e o regulamento que define a base da cobrança”. A resposta chegou em Maio deste ano, mas nada mudou desde então.
Lisboa vai pedir explicações a Álvaro Santos Pereira
A autarquia voltou a enviar uma missiva à Anacom e às empresas de telecomunicações no mês passado, mas já prevê voltar a fazê-lo – e até mesmo pedir explicações ao Ministério da Economia. “[Vamos] fazer uma insistência junto do ministério que tutela esta actividade”, anunciou a vereadora das Finanças. Maria João Mendes rejeitou intervir ao nível do espaço público porque isso iria prejudicar “os munícipes e as actividades económicas”.
O problema, apesar de tudo, não é exclusivo de Lisboa. “Tomando como exemplo os principais municípios, Lisboa teve, no ano passado, 768 mil euros, Sintra teve 167 mil euros, o Porto teve 79 mil, Cascais teve 152 mil”, demonstrou. “O problema não é da CML, é nacional e só pode ser resolvido com o apoio do regulador das telecomunicações”, afirmou.
Os problemas na cobrança levaram o Bloco de Esquerda, Verdes, PCP e Movimento Partido da Terra a votar contra esta taxa. O deputado do CDS Ferreira de Lemos disse mesmo que “não se justifica tanta morosidade; não é possível continuar a ceder aos interesses dos oligopólios do sector nem lidar com a atitude parasitária do regulador”.