O governo socialista e o primeiro-ministro estão "diminuídos na sua autoridade política e feridos de morte na sua legitimidade popular", sustentou o líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, durante o debate sobre o programa do Governo, desafiando o Executivo a apresentar uma moção de confiança. "Só precisa de pedir confiança quem não tem confiança", respondeu na intervenção seguinte António Costa.

"Este Governo socialista e este primeiro-ministro estão diminuídos na sua autoridade política e feridos de morte na sua legitimidade popular", afirmou nos primeiros minutos da sua intervenção o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro. Sustentando que "o povo não escolheu o programa do PS e muito menos o programa do BE ou do PCP para serem a base da acção governativa no próximo quadriénio", o líder parlamentar do PSD acusou PS, PCP e Bloco de Esquerda de fazerem tudo "um pouco às escondidas" e de não terem dito antes das eleições "o que congeminaram sabe-se lá quando".

Sublinhando que chumbar uma moção de rejeição – que PSD e CDS-PP vão apresentar – é diferente de votar uma moção de confiança, o líder parlamentar do PSD deixou o desafio ao PS. "Não acha que veriam nesse voto de confiança um factor de estabilidade?"

António Costa respondeu que Passos Coelho falhou na construção de uma maioria estável.

"Vossas excelências fiaram-se nesse tabu e confiaram na sorte. Aquilo que estas bancadas fizeram foi dar reposta aos desafios colocados nas eleições", argumentou o primeiro-ministro.