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Proteção Civil alerta para agravamento do estado do tempo nas próximas 48 horas

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira (dia 13) causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

João Relvas
18 de Dezembro de 2022 às 18:37
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A Proteção Civil alertou este domingo para o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera que apontam para "precipitação persistente, vento e agitação marítima".

No aviso à população, e citando informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) adianta previsões de "precipitação persistente e por vezes forte a partir da manhã de segunda-feira nas regiões Norte e Centro, com o período mais crítico entre as 21:00 do dia 19 e as 06:00 do dia 20, em especial nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, e entre as 00:00 e as 06:00 do dia 20 nos distritos de Vila Real, Viseu, Aveiro e Coimbra".

As previsões do IPMA não excluem que venha a ocorrer precipitação por vezes forte e persistente nos restantes distritos, estimando que tal seja "menos provável na região Sul".

A autoridade meteorológica dá ainda conta de "vento forte do quadrante sul mais intenso a partir do final da tarde de hoje" no litoral a norte do cabo Raso e nas terras altas, com rajadas da ordem dos 75 e 80/90 quilómetros por hora, respetivamente.

Paralelamente, prevê agitação marítima forte com ondulação de sudoeste de quatro a cinco metros na costa ocidental a partir das 03:00 de segunda-feira e até às 03:00 de terça-feira.

Citando informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, a Proteção Civil inclui no aviso a possibilidade de "variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis", nomeadamente na bacia do Minho (em especial Caminha, Monção e Valença); na bacia do Lima (Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima); na bacia do Cávado (barragens de Caniçada e Salamonde, Braga e Barcelos); na bacia do Ave (Santo Tirso); na bacia do Douro (Amarante, Paredes e na foz do Douro); na bacia do Mondego (rios Ceira e Arunca); e na bacia do Vouga (Águeda).

"Nas bacias urbanas e em particular naquelas em que se faça sentir o efeito de maré, não é de excluir a possibilidade de inundações nas zonas historicamente vulneráveis", alerta.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira (dia 13) causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

A Proteção Civil registou mais de 7.950 ocorrências em território nacional, inclusive 4.841 inundações, e 88 desalojados desde as 00:00 do dia 07 e até às 08:00 do dia 15.
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