O movimento vai apresentar amanhã as contas referentes à sua proposta para a Segurança Social. De acordo com o "Diário Económico", o modelo, que assenta num regime de capitalização, garante uma subida de 20% nas pensões.

As linhas gerais da proposta do Compromisso apontam para a criação de um novo fundo de pensões por capitalização, com a contribuição de cada trabalhador a ser depositada numa conta individual. O fundo seria gerido por uma entidade pública, sujeito a apertada supervisão.

Para um trabalhador com 22 anos, que entre agora no sistema e desconte até aos 65 anos, a proposta do movimento representa uma subida de 19,6% no valor da pensão.

A transição para o novo sistema, assenta na emissão gradual de dívida pública de longo prazo. Segundo revela o "Diário Económico", o financiamento da transição para o novo modelo prevê um período inicial, entre 2007 e 2051, de emissão de dívida em tranches anuais de 3,49 mil milhões de euros. A amortização é feita apenas em relação ao juros da dívida, num encargo médio anual de cerca de 0,6% do PIB.

Numa segunda fase, entre 2052 e 2091, a proposta já inclui a amortização da dívida, a par dos juros, em prestações anuais fixas de 548 mil milhões de euros, cerca de 1% do PIB.

O estudo que sustenta esta proposta, coordenado pelo professor universitário Carlos Pereira da Silva, assume um crescimento médio de 2% da economia portuguesa.