Notícia
Primeira-ministra francesa alerta para aumentos no preço da energia nos próximos meses
Borne garantiu que os preços "não vão explodir" e que o aumento se fará "de forma sustentável", mesmo perante estes aumentos certos e os avisos, que já tinha deixado esta semana noutra entrevista ao "Le Parisien", que deverá haver sobriedade na utilização da energia este inverno.
31 de Agosto de 2022 às 19:24
A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, alertou que haverá aumentos dos preços da eletricidade e gás no país nos próximos meses, que o Governo vai tentar moderar, e que poderá haver cortes no fornecimento de gás à indústria.
"Haverá, no início de 2023, aumentos dos preços do gás e da eletricidade", disse na terça-feira à noite a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, em entrevista ao programa Quotidien, no canal TMC.
Borne garantiu que os preços "não vão explodir" e que o aumento se fará "de forma sustentável", mesmo perante estes aumentos certos e os avisos, que já tinha deixado esta semana noutra entrevista ao "Le Parisien", que deverá haver sobriedade na utilização da energia este inverno.
A líder do Governo francês alertou que, no pior cenário, neste inverno poderá haver cortes de energia à população por períodos de duas horas em residências francesas, e disse que no fornecimento de gás o setor industrial poderá ser afetado.
"Estamos a produzir menos eletricidade, e pode haver momentos, se estiver muito frio, em que podemos ter um problema para fornecer eletricidade. Nesse caso, cortaremos [o fornecimento] através de rotações, bairro por bairro, durante não mais do que duas horas", explicou Borne.
Quanto ao gás, "a haver cortes, eles não vão acontecer nas casas das pessoas. Não vamos cortar o gás às casas dos franceses, mas sim às empresas, que são os grandes consumidores e aí, sim, poderá haver cortes", declarou.
A líder francesa assegurou que o gás não será restringido nas casas francesas, dado que é essa a fonte de aquecimento mais utilizada no país.
Segundo Borne, a medida deve-se em parte ao impacto da guerra na Ucrânia e também ao encerramento previsto de cerca de metade dos 56 reatores nucleares franceses para manutenção, sobretudo devido a problemas de corrosão.
A França, que depende mais do que qualquer outro país da energia nuclear, produz desta forma 67% da sua eletricidade.
Estes avisos acontecem na altura em que a Gazprom anunciou cortar o abastecimento de gás à francesa Engie, maior abastecedora de gás no país, por falta de pagamento. Por seu lado, a Engie já se teria precavido contra esta manobra de Moscovo, tendo uma dependência de apenas 4% do gás russo.
Por sua vez, a Engie garantiu que haverá gás suficiente para satisfazer as necessidades dos clientes e, de acordo com a ministra francesa para a transição energética, Agnès Pannier-Runacher, as reservas estratégicas de energia do país estão a 90%.
A Gazprom interrompeu no início do dia de hoje o fluxo de gás natural no grande gasoduto da Rússia para a Europa, alegando uma pausa rotineira de manutenção da estação de compressão que estará resolvida até sábado.
De forma a continuar a formar os ministros franceses nas questões energéticas e na aguardada transição ambiental, os ministros franceses reuniram-se hoje num seminário que contou com a presença de Borne e de Emmanuel Macron.
Neste encontro, para além dos temas 'quentes' da rentré, a meteorologista Valérie Masson-Delmotte, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, explicou aos governantes os impactos das alterações climáticas e as melhores maneiras de as combater.
"Haverá, no início de 2023, aumentos dos preços do gás e da eletricidade", disse na terça-feira à noite a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, em entrevista ao programa Quotidien, no canal TMC.
A líder do Governo francês alertou que, no pior cenário, neste inverno poderá haver cortes de energia à população por períodos de duas horas em residências francesas, e disse que no fornecimento de gás o setor industrial poderá ser afetado.
"Estamos a produzir menos eletricidade, e pode haver momentos, se estiver muito frio, em que podemos ter um problema para fornecer eletricidade. Nesse caso, cortaremos [o fornecimento] através de rotações, bairro por bairro, durante não mais do que duas horas", explicou Borne.
Quanto ao gás, "a haver cortes, eles não vão acontecer nas casas das pessoas. Não vamos cortar o gás às casas dos franceses, mas sim às empresas, que são os grandes consumidores e aí, sim, poderá haver cortes", declarou.
A líder francesa assegurou que o gás não será restringido nas casas francesas, dado que é essa a fonte de aquecimento mais utilizada no país.
Segundo Borne, a medida deve-se em parte ao impacto da guerra na Ucrânia e também ao encerramento previsto de cerca de metade dos 56 reatores nucleares franceses para manutenção, sobretudo devido a problemas de corrosão.
A França, que depende mais do que qualquer outro país da energia nuclear, produz desta forma 67% da sua eletricidade.
Estes avisos acontecem na altura em que a Gazprom anunciou cortar o abastecimento de gás à francesa Engie, maior abastecedora de gás no país, por falta de pagamento. Por seu lado, a Engie já se teria precavido contra esta manobra de Moscovo, tendo uma dependência de apenas 4% do gás russo.
Por sua vez, a Engie garantiu que haverá gás suficiente para satisfazer as necessidades dos clientes e, de acordo com a ministra francesa para a transição energética, Agnès Pannier-Runacher, as reservas estratégicas de energia do país estão a 90%.
A Gazprom interrompeu no início do dia de hoje o fluxo de gás natural no grande gasoduto da Rússia para a Europa, alegando uma pausa rotineira de manutenção da estação de compressão que estará resolvida até sábado.
De forma a continuar a formar os ministros franceses nas questões energéticas e na aguardada transição ambiental, os ministros franceses reuniram-se hoje num seminário que contou com a presença de Borne e de Emmanuel Macron.
Neste encontro, para além dos temas 'quentes' da rentré, a meteorologista Valérie Masson-Delmotte, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, explicou aos governantes os impactos das alterações climáticas e as melhores maneiras de as combater.