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Presidente do município de Alcochete "indignado" com ministro Mário Lino

O presidente da Câmara de Alcochete, Luís Franco (CDU), afirmou-se hoje "indignado" com as declarações do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, sobre a margem sul, considerando que mostram um "panorama negativo" que "não corresponde à verdade".

24 de Maio de 2007 às 12:36
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O presidente da Câmara de Alcochete, Luís Franco (CDU), afirmou-se hoje "indignado" com as declarações do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, sobre a margem sul, considerando que mostram um "panorama negativo" que "não corresponde à verdade".

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações afastou quarta-feira a hipótese do aeroporto se localizar na margem sul do Tejo por as zonas de Poceirão, Faiais e Rio Frio (as alternativas à Ota) serem um "deserto"

"Fazer um aeroporto na margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico, porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", sustentou Mário Lino, num debate promovido pela Ordem dos Economistas.

Em declarações hoje à agência Lusa, Luís Franco refutou esta posição: "o senhor ministro disse mais do que a margem sul ser um deserto. Mostrou um panorama verdadeiramente negativo que não corresponde à verdade".

O autarca de Alcochete revelou já ter falado com "outros presidentes de câmara da margem sul", garantindo que todos estão "indignados".

"Vamos dar, hoje à tarde, uma conferência de imprensa em Setúbal para nos manifestarmos publicamente sobre o assunto", acrescentou.

Depois das afirmações do ministro Mário Lino, o presidente do PS, Almeida Santos, invocou também quarta-feira perigos de segurança para a localização de um aeroporto na margem sul do Tejo, advertindo que uma ponte dinamitada poderá desligar o Sul do Norte do País.

"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do País", declarou, no final da reunião da Comissão Nacional do PS.

Uma posição que merece, igualmente, críticas do presidente do município de Alcochete: "As declarações de um alto responsável do PS, para desculpabilizar o ministro, não foram felizes".

"A questão do terrorismo poder dinamizar a ponte Vasco da Gama é cair num cenário alucinante, sem qualquer razão de ser", comentou.

O autarca comunista lembrou ainda que a margem sul tem encarado com um "comportamento exemplar" a questão do novo aeroporto de Lisboa.

"O que defendemos é que existam outros estudos alternativos à Ota, para se obter uma boa decisão política. A margem sul pode ser uma alternativa e uma base de estudo e, depois, decida-se com base no interesse nacional", sustentou Luís Franco.

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