“Não demorará muito tempo até os investidores em obrigações se virarem para França, depois de terem acabado de o fazer com Portugal e Espanha”, afirmou Rolet, citado pelo “The Independent”.

“O défice de França é enorme, muito maior do que alguém possa pensar. Ninguém, nem sequer a França, pode continuar a esconder-se”, advertiu aquele responsável.

No entanto, em declarações à Reuters, um estratega do Kepler Capital Markets, François Mallet, sublinhou que não há motivos para uma séria preocupação em torno do défice orçamental francês.

Recorde-se que depois das pressões que têm estado a sofrer os mercados da dívida de Portugal e Espanha, os investidores começaram também a olhar para a Bélgica e Itália como possíveis países em apuros muito em breve.

O governador do banco central belga, Guy Quaden, instou hoje os políticos do país a formarem rapidamente governo, de forma a conter os receios dos mercados financeiros em relação ao futuro da Bélgica, reportou a agência AFP.

Recorde-se que a Bélgica está a ser governada por um gabinete de crise depois de as eleições de Junho passado não terem resultado num governo permanente. As negociações entre os partidos políticos flamengos e francófonos belgas mantêm-se e não há ainda acordo.