Notícia
Presidente da República participa no 17.º encontro do Grupo de Arraiolos
O Grupo de Arraiolos junta anualmente presidentes não executivos de vários Estados-membros da União Europeia e foi uma iniciativa lançada por Jorge Sampaio, quando era Presidente da República.
06 de Outubro de 2022 às 08:08
O Presidente da República participa esta quinta-feira no 17.º encontro do Grupo de Arraiolos, que junta em Malta 14 chefes de Estado não executivos da União Europeia (UE), e vai ter reuniões bilaterais com os seus homólogos alemão e italiano.
Este ano a reunião do Grupo de Arraiolos - uma iniciativa fundada em 2003 pelo então Presidente da República Jorge Sampaio - realiza-se no Centro de Conferências do Mediterrâneo, em La Valetta, durante todo o dia.
O arranque do encontro de chefes de Estado está previsto para as 11:00, depois da tradicional foto de família, com a primeira sessão de trabalho dedicada a avaliar a eficácia da UE enquanto ator global "perante as ameaças iminentes em particular nas vizinhanças Sul e a Leste".
À tarde, os chefes de Estado debaterão o papel da UE no centro do ideal de justiça social global, seguindo-se as declarações dos chefes de Estado à comunicação social, antes do jantar oficial que encerra a 17.ª reunião do Grupo de Arraiolos.
Durante o dia, Marcelo Rebelo de Sousa tem ainda previstos encontros bilaterais com o Presidente da República de Itália, Sergio Mattarella, e com o Presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
Na quarta-feira ao final do dia, já em La Valleta, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com o seu homólogo polaco Andrzej Duda, no seu primeiro ponto de agenda em Malta.
Em declarações aos jornalistas ainda antes do encontro, o Presidente da República disse querer abordar nos próximos dias as consequências económicas da guerra na Ucrânia e, em particular, nas regras financeiras a nível europeu, num momento em que a Alemanha anunciou apoios de 200 mil milhões de euros para o próximo Inverno e a Polónia já avisou que vai ter "uma subida monumental" do défice.
"Como se lida com isso a nível europeu para que seja justo o tratamento dos vários países? Não haja uns que possam aumentar os défices sem consequências e outros, que aumentando o défice ainda que menos, são imediatamente apontados como incumpridores", alertou, sem referir em concreto o caso português.
Além de decorrer num contexto de guerra na Europa, depois da ofensiva militar lançada no final de fevereiro pela Rússia e que nos últimos dias culminou numa proclamação de anexação de territórios ucranianos por aquele país (já considerada ilegal por vários países, incluindo Portugal), este encontro informal de Presidentes não executivos acontece semana e meia depois das eleições legislativas em Itália, com a vitória de uma coligação de direita e extrema-direita.
O Grupo de Arraiolos junta anualmente presidentes não executivos de vários Estados-membros da União Europeia e foi uma iniciativa lançada por Jorge Sampaio, quando era Presidente da República.
Em 2003, o então chefe de Estado português, que faleceu no ano passado, promoveu um encontro na vila alentejana de Arraiolos para discutir o futuro da União Europeia com um conjunto de Presidentes da República com poderes semelhantes aos seus.
Nos últimos anos, o Grupo de Arraiolos tem juntado chefes de Estado de 15 países da UE (começou com seis, em 2003): Itália, Bulgária, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Croácia, Letónia, Hungria, Malta, Áustria, Polónia, Portugal, Eslovénia e Finlândia.
No entanto, e pela primeira vez, a reunião contará com a participação da Eslováquia, cuja Presidente, Zuzana Caputova, manifestou a intenção de o seu país se juntar a este grupo.
Por motivos de agenda, não vão estar em Malta os Presidentes da Áustria e da Finlândia, pelo que participarão no encontro 14 chefes de Estado.
Já está decidido que a reunião do próximo ano do Grupo de Arraiolos, na sua 18.ª edição, se realizará em Portugal, assinalando os 20 anos da iniciativa, e a de 2024 na Polónia.
No ano passado, no encontro realizado em Roma, Marcelo Rebelo de Sousa disse querer que, no próximo ano, seja possível "abrir realmente" este Grupo informal aos europeus, como forma de homenagear o seu fundador, Jorge Sampaio.
"Provavelmente será um esquema diferente de funcionamento, veremos, mas [talvez] aberto para a juventude, como já foi tentado umas vezes. O Presidente Jorge Sampaio teria gostado muito, para não ser só uma coisa de chefes de Estado [e para] abrir realmente à sociedade, aos europeus, o que é fundamental", disse então, aos jornalistas, o chefe de Estado português.
Este ano a reunião do Grupo de Arraiolos - uma iniciativa fundada em 2003 pelo então Presidente da República Jorge Sampaio - realiza-se no Centro de Conferências do Mediterrâneo, em La Valetta, durante todo o dia.
À tarde, os chefes de Estado debaterão o papel da UE no centro do ideal de justiça social global, seguindo-se as declarações dos chefes de Estado à comunicação social, antes do jantar oficial que encerra a 17.ª reunião do Grupo de Arraiolos.
Durante o dia, Marcelo Rebelo de Sousa tem ainda previstos encontros bilaterais com o Presidente da República de Itália, Sergio Mattarella, e com o Presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
Na quarta-feira ao final do dia, já em La Valleta, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com o seu homólogo polaco Andrzej Duda, no seu primeiro ponto de agenda em Malta.
Em declarações aos jornalistas ainda antes do encontro, o Presidente da República disse querer abordar nos próximos dias as consequências económicas da guerra na Ucrânia e, em particular, nas regras financeiras a nível europeu, num momento em que a Alemanha anunciou apoios de 200 mil milhões de euros para o próximo Inverno e a Polónia já avisou que vai ter "uma subida monumental" do défice.
"Como se lida com isso a nível europeu para que seja justo o tratamento dos vários países? Não haja uns que possam aumentar os défices sem consequências e outros, que aumentando o défice ainda que menos, são imediatamente apontados como incumpridores", alertou, sem referir em concreto o caso português.
Além de decorrer num contexto de guerra na Europa, depois da ofensiva militar lançada no final de fevereiro pela Rússia e que nos últimos dias culminou numa proclamação de anexação de territórios ucranianos por aquele país (já considerada ilegal por vários países, incluindo Portugal), este encontro informal de Presidentes não executivos acontece semana e meia depois das eleições legislativas em Itália, com a vitória de uma coligação de direita e extrema-direita.
O Grupo de Arraiolos junta anualmente presidentes não executivos de vários Estados-membros da União Europeia e foi uma iniciativa lançada por Jorge Sampaio, quando era Presidente da República.
Em 2003, o então chefe de Estado português, que faleceu no ano passado, promoveu um encontro na vila alentejana de Arraiolos para discutir o futuro da União Europeia com um conjunto de Presidentes da República com poderes semelhantes aos seus.
Nos últimos anos, o Grupo de Arraiolos tem juntado chefes de Estado de 15 países da UE (começou com seis, em 2003): Itália, Bulgária, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Croácia, Letónia, Hungria, Malta, Áustria, Polónia, Portugal, Eslovénia e Finlândia.
No entanto, e pela primeira vez, a reunião contará com a participação da Eslováquia, cuja Presidente, Zuzana Caputova, manifestou a intenção de o seu país se juntar a este grupo.
Por motivos de agenda, não vão estar em Malta os Presidentes da Áustria e da Finlândia, pelo que participarão no encontro 14 chefes de Estado.
Já está decidido que a reunião do próximo ano do Grupo de Arraiolos, na sua 18.ª edição, se realizará em Portugal, assinalando os 20 anos da iniciativa, e a de 2024 na Polónia.
No ano passado, no encontro realizado em Roma, Marcelo Rebelo de Sousa disse querer que, no próximo ano, seja possível "abrir realmente" este Grupo informal aos europeus, como forma de homenagear o seu fundador, Jorge Sampaio.
"Provavelmente será um esquema diferente de funcionamento, veremos, mas [talvez] aberto para a juventude, como já foi tentado umas vezes. O Presidente Jorge Sampaio teria gostado muito, para não ser só uma coisa de chefes de Estado [e para] abrir realmente à sociedade, aos europeus, o que é fundamental", disse então, aos jornalistas, o chefe de Estado português.