O preços dos alimentos aproximaram-se em Maio de níveis máximos, uma vez que os custos da carne e dos produtos lácteos subiram.

O aumento dos preços dos produtos alimentares está a provocar pressões inflacionistas, que poderão dificultar o acesso a bens alimentares por parte de milhões de pessoas em todo o mundo.

O índice que avalia 55 produtos alimentares primários desceu para 232,4 pontos em Maio, após ter registado 234,8 pontos em Abril, segundo informações reveladas pela FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.

O índice atingiu um máximo histórico de 237,7 pontos no passado mês de Fevereiro.

O índice da FAO que avalia os preços da carne subiu para um máximo histórico, conduzido pelos preços recorde da carne de bovino e ovino e pela subida dos preços da carne de aves e, também, da suína.

Preços dos alimentos básicos pode suplicar em duas décadas

Os preços dos alimentos básicos, incluindo milho, irão mais do que duplicar nas próximas duas décadas, "a menos que sejam tomadas medidas", revela um estudo da Oxfam International, citado pela Bloomberg.

As reservas mundiais de cereais irão cair, pelo segundo ano consecutivo, até ao final de Junho de 2012, alertou o Conselho Internacional de Cereais no passado dia 26 de Maio.

"A situação de preços altos que se observa não é algo que vá simplesmente desaparecer ao longo da temporada", disse Abdolreza Abbassian, economista da FAO.

"Os fundamentos continuam a ser o que são, uma situação muito apertada para quase todos os produtos básicos", concluiu o economista.

Tudo indica que as oscilações nos preços dos produtos agrícolas irão continuar nos próximos anos, devido à incompatibilidade entre a oferta e a procura, com os preços dos alimentos a manterem-se, previsivelmente, "altos e voláteis", de acordo com Hafez Ghanem, assistente do director-geral da FAO.