Notícia
Portugal sobe para 13º no ranking do Fórum Económico Mundial
Portugal ultrapassou Itália e Espanha e ocupa agora a 13ª posição no ranking elaborado pelo Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) que avalia o grau de sucesso dos países da União Europeia na aplicação da Estratégia de Lisboa – a “receita” medi
Portugal ultrapassou Itália e Espanha e ocupa agora a 13ª posição no ranking elaborado pelo Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) que avalia o grau de sucesso dos países da União Europeia na aplicação da Estratégia de Lisboa – a "receita" mediante a qual a Europa pretende tornar-se na área mais competitiva do mundo.
Comparando com a última avaliação, divulgada há dois anos e que tinha apenas em conta os 15 "antigos" Estados-membros, Portugal sobe quer na classificação absoluta – soma 4,64 pontos contra 4,25 – quer na classificação relativa, que na edição deste ano contempla 25 países.
O índice de competitividade sintetiza a avaliação em oito áreas, sendo que Portugal obtém as melhores notas relativas quando se analisa o funcionamento as "indústrias em rede", os serviços financeiros e o contexto empresarial. As piores notas vão para a sociedade de informação e para o inovação e I&D. Espanha, que se encontrava classificada no anterior ranking do WEF na 12ª posição, e Itália, que figurava em 13ª, caíram respectivamente para o 15º e 24º lugares da tabela da UE-25.
Na liderança, mantém-se os países nórdicos, com a Dinamarca a trocar de posição com a Finlândia, ao assumir agora o primeiro lugar. Segue-se a Suécia (que se mantém inalterada com a "medalha de bronze") e a Holanda e a Alemanha, que subiu um lugar para 5º.
A classificação do WEF surge um dias depois de a Comissão Europeia ter avaliado os programas nacionais de reforma dos Estados-membros, tendo em vista o cumprimento dos objectivos traçados na "nova" Estratégia de Lisboa, agora recentrada no crescimento e no emprego.
Bruxelas havia igualmente dado nota positiva a Lisboa, concluindo que "Portugal realizou, em termos globais, progressos significativos na implementação de medidas de impacto macroeconómico que tenderão a melhorar quer a sustentabilidade das finanças públicas quer a criar condições para um crescimento económico sustentável, facilitando a correcção do seu considerável défice externo".
Na avaliação ao Programa Nacional de Acção para o Crescimento e Emprego – o PNACE (2005-2008) – Bruxelas endereçou ao Governo português muitas palavras de encorajamento, à mistura com algumas advertências, em especial na política de emprego mas também na reforma da Administração Pública, onde se está a caminhar "na direcção certa", sendo no entanto preciso fazer mais e, sobretudo, traduzir promessas em acções concretas.
Em relação a Portugal, a Comissão endereçou três recomendações específicas: é preciso reorientar o investimento público para áreas onde este possa promover o crescimento; é preciso também uma aposta determinada para melhorar a educação e programas de formação profissional adequados às necessidades do mercado; e rever a legislação de protecção laboral.
Dos 25 Estados-membros, apenas seis (Dinamarca, Estónia, Irlanda, Luxemburgo e Suécia) não receberam nenhuma recomendação específica, por Bruxelas considerar que os seus planos de reforma estão integralmente no rumo certo. Todos estes países encontram-se melhor classificados do que Portugal no ranking hoje divulgado pelo WEF.