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Portugal melhora na tecnologia e institutos públicos

Portugal melhorou dois lugares no «ranking» dos países mais competitivos do mundo muito à custa dos bons resultados obtidos nos sub-índices relacionados com a tecnologia e institutos públicos. No ambiente macroeconómico Portugal piorou.

28 de Setembro de 2005 às 16:45
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Portugal melhorou dois lugares no «ranking» dos países mais competitivos do mundo muito à custa dos bons resultados obtidos nos sub-índices relacionados com a tecnologia e institutos públicos. No ambiente macroeconómico Portugal piorou.

No índice geral elaborado pelo Fórum Económico Mundial (WEF - World Economic Fórum) para avaliar a competitividade de 177 países, Portugal surge no 22º lugar no lugar no «ranking» mundial, à frente de outros países da União Europeia, como a Espanha e a França.

Num outro «ranking», que mede a competitividade de negócios, Portugal subiu do 33º para o 30º lugar. No sub-índice que mede a sofisticação e estratégia das operações das empresas Portugal surge na 39 ª posição (42º em 2004), enquanto no que avalia a qualidade do ambiente de negócios Portugal melhorou do 31º para os 28º lugar.

O índice geral, em que Portugal figura no 22º lugar, divide-se em três outros: o do ambiente macroeconómico, o das instituições públicas e o de tecnologia, surgindo Portugal classificado, respectivamente, em 37º, 15º e 20º lugar.

Cada um destes três sub-índices também se divide noutros índices. No ambiente macroeconómico, Portugal surge em 64º lugar na estabilidade, no 58º no desperdício do Governo e em 22º do «rating» de crédito.

Na avaliação das instituições públicas Portugal está em 16º lugar no que diz respeito às leis e contratos, e em 19º lugar no sub-índice relacionado com a corrupção.

Já na avaliação à tecnologia, Portugal consegue o terceiro lugar no sub-índice de transferência tecnológica, ficando acima da 30ª posição no que diz respeito à inovação e também informação, comunicação e telecomunicações (ICT).

Vantagens competitivas

Na análise que faz sobre Portugal, o WEF enumera uma série de vantagens competitivas em que Portugal surge nos lugares cimeiros em determinados aspectos.

No âmbito dos institutos públicos, Portugal surge com a 7 melhor posição no que diz respeito ao crime organizado, e o nono lugar nos pagamentos das exportações e importações.

Na tecnologia, Portugal consegue o 4º lugar no que diz respeito ao licenciamento de tecnologia estrangeira, o 13º na promoção do Governo ao ICT.

Entre as outras vantagens competitivas do nosso país, o WEF destaca os lugares cimeiros conseguidos por Portugal nas barreiras ao comércio (7º), independência judicial (14º), liberdade de imprensa (4º), facilidade de contratar trabalhadores estrangeiros (8º), carga fiscal (17º), protecção de accionistas minoritários (21º) e custos da corrupção (21º).

O único item em que Portugal ocupa a posição cimeira do «ranking» diz respeito aos custos associados ao terrorismo.

Desvantagens

Entre as desvantagens apontadas, as relacionadas como a macroeconomia são as mais abundantes e aquelas em que Portugal ocupa as piores posições.

Nas expectativas de recessão (103º), sobre taxa de poupança do país (94º), dívida pública (72º) e défice orçamental (71º), Portugal ocupa as posições mais elevadas.

No que diz respeito aos institutos públicos, os resultados mais fracos estão relacionados com a cobrança irregular de impostos (28º), direitos de propriedade (25º) e favorecimento do Governo em decisões oficiais (22º).

Já na tecnologia Portugal ocupa as posições mais elevadas no que diz respeito à preparação tecnológica (50º), absorção dos níveis tecnológicos pelas empresas (48º), na utilização de computadores pessoais (43) e no investimento em investigação e desenvolvimento (42º).

No acesso à Internet nas escolas (39º), no acesso à Internet (35º) e qualidade e concorrência entre Internet Service Providers (34º) Portugal também figura na parte mais baixa do «ranking».

Entre as outras desvantagens competitivas para fazer negócios em Portugal, Portugal surge em 104º lugar no que diz respeito às práticas de contratação e despedimento de trabalhadores, recebendo ainda más posições na flexibilidade dos salários (86º), na produtividade (70º) e relações entre empregados (55º).

A centralização das decisões politicas na área da economia (70º) e a burocracia (77º) são outros dos itens onde Portugal surge com posições elevadas.

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