Notícia
Portugal é o país mais barato da União Europeia
Portugal é o país da União Europeia (UE) com os preços mais baixos, seguido da Espanha, enquanto que a Dinamarca é o mais caro, refere um estudo da Comissão Europeia (CE).
Depois do derrube de...
Depois do derrube de todas as barreiras na circulação de mercadorias e de capitais na UE em 1993, os preços dos bens de consumo tendem a aproximar-se, contudo ainda apresentam grandes diferenças, anuncia hoje o «El Pais», baseado num estudo publicado pela CE.
A Europa dos 15 divide-se em três grandes grupos. O dos países caros, formado pelos países escandinavos e a Áustria, o grupo dos países económicos, liderado por Portugal seguido da Espanha, Grécia e Itália e ainda, por um grupo intermédio integrado pela França, Alemanha, o Benelux, Reino Unido e Irlanda.
A convergência dos preços no interior da UE apresenta já alguma evidência, mais acentuada nos equipamentos industriais e no material de transporte, enquanto que nos bens de consumo existe apenas uma pequena diferença, sendo todos eles exportáveis dentro da UE. No entanto, as disparidades são frequentes, devido à carga fiscal, do IVA e aos impostos especiais que agravam por exemplo o tabaco e as bebidas alcoólicas.
As disparidades de preços é maior nos serviços que são mais difíceis de exportar de um estado membro para outro. Esta diferença é ainda mais evidente nos serviços públicos.
Dois acontecimentos recentes vão dar um grande impulso ao mercado interno da UE e ajudar na convergência de preços, salienta o mesmo estudo. O primeiro é o euro, que apenas envolve 11 países, sendo o segundo o desenvolvimento do comércio electrónico através da Internet, que segundo o estudo divulgado pela CE movimentará este ano 17 mil milhões de euros (3,4 mil milhões de contos) na Europa dos 15, cifra que em 2003 multiplicará por 20, totalizando 340 mil milhões de euros (68 mil milhões de contos). No entanto, mercado interno, moeda única e comércio electrónico, não chegarão para a harmonização dos preços no velho continente. Os diferentes hábitos de consumo nacionais e regionais e as disparidades fiscais explicam que a Europa nunca alcançará a homogeneidade de preços verificada nos Estados Unidos.