Notícia
Portugal expressa solidariedade com França e diz que Austrália "furou compromissos"
O país está alinhado com o bloco europeu, que condena a aliança entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, que fez cair um compromisso que a Austrália tinha assumido com França, para a compra de submarinos.
21 de Setembro de 2021 às 07:47
O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse esta segunda-feira à Lusa que a Austrália "furou compromissos" com a França, numa decisão "bastante discutível", acrescentando que Portugal já transmitiu solidariedade ao país europeu.
Augusto Santos Silva disse, em declarações à agência Lusa, no final de uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Nova Iorque, que o bloco europeu assumiu uma posição comum de solidariedade com a França, após a aliança trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, AUKUS (iniciais em inglês dos três países anglo-saxónicos), ter desfeito um acordo prévio entre Austrália e França sobre compra de submarinos.
"Na generalidade, nós próprios exprimimos a nossa solidariedade com a França, que de facto não foi tratada com o respeito devido neste processo", disse o ministro português, acrescentando que "manifestamente, a forma não foi aquela que devia ser ter sido seguida".
"Em relação ao conteúdo, também, a Austrália tomou uma decisão bastante discutível", acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa, que na segunda-feira de manhã teve um encontro bilateral com a homóloga australiana, Marise Payne, em Nova Iorque, durante a semana de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU).
"É muito importante que os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia estejam o mais possível alinhados nas suas estratégias para o Indo-Pacífico. E por isso devemos todos evitar gestos que perturbem essa unidade", declarou o ministro português.
"A preocupação portuguesa é que estes últimos acontecimentos não perturbem o alinhamento entre Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, que me parece tão necessário para que o equilíbrio geopolítico na região do Indo-Pacífico seja reforçado", detalhou ainda Augusto Santos Silva.
Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, as consequências da aliança trilateral AUKUS "estão à vista", a nível diplomático e político, com "elementos de confiança que se perderam ou saíram enfraquecidos destes acontecimentos".
Relativamente à reunião bilateral entre Portugal e Austrália, o ministro português fez uma "troca de pontos de vista" sobre esta situação com a homóloga australiana e analisou as relações bilaterais, que considerou serem "excelentes".
O pacto AUKUS tem como objetivo reforçar a cooperação trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos em tecnologias avançadas de defesa, como a inteligência artificial, sistemas submarinos e vigilância a longa distância.
O pacto visa enfrentar a República Popular da China na região Indo-Pacífico e constitui uma base para nucleares norte-americanos serem comprados pela Austrália, que saiu assim, unilateralmente e sem aviso prévio, de um acordo mais antigo com a França.
Augusto Santos Silva disse, em declarações à agência Lusa, no final de uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Nova Iorque, que o bloco europeu assumiu uma posição comum de solidariedade com a França, após a aliança trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, AUKUS (iniciais em inglês dos três países anglo-saxónicos), ter desfeito um acordo prévio entre Austrália e França sobre compra de submarinos.
"Em relação ao conteúdo, também, a Austrália tomou uma decisão bastante discutível", acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa, que na segunda-feira de manhã teve um encontro bilateral com a homóloga australiana, Marise Payne, em Nova Iorque, durante a semana de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU).
"É muito importante que os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia estejam o mais possível alinhados nas suas estratégias para o Indo-Pacífico. E por isso devemos todos evitar gestos que perturbem essa unidade", declarou o ministro português.
"A preocupação portuguesa é que estes últimos acontecimentos não perturbem o alinhamento entre Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, que me parece tão necessário para que o equilíbrio geopolítico na região do Indo-Pacífico seja reforçado", detalhou ainda Augusto Santos Silva.
Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, as consequências da aliança trilateral AUKUS "estão à vista", a nível diplomático e político, com "elementos de confiança que se perderam ou saíram enfraquecidos destes acontecimentos".
Relativamente à reunião bilateral entre Portugal e Austrália, o ministro português fez uma "troca de pontos de vista" sobre esta situação com a homóloga australiana e analisou as relações bilaterais, que considerou serem "excelentes".
O pacto AUKUS tem como objetivo reforçar a cooperação trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos em tecnologias avançadas de defesa, como a inteligência artificial, sistemas submarinos e vigilância a longa distância.
O pacto visa enfrentar a República Popular da China na região Indo-Pacífico e constitui uma base para nucleares norte-americanos serem comprados pela Austrália, que saiu assim, unilateralmente e sem aviso prévio, de um acordo mais antigo com a França.