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Porto, Braga e Águeda cidades líderes ambientais, segundo lista de organização internacional
Porto, Braga e Águeda estão entre 88 cidades em todo o mundo consideradas líderes ambientais, segundo uma lista hoje divulgada pelo projeto internacional CDP - Transparência, Visão, Ação.
16 de Novembro de 2020 às 07:25
O CDP (que até recentemente se chamava "Carbon Disclosure Project") é uma organização sem fins lucrativos que apoia investidores, empresas, cidades e regiões a gerir os impactos ambientais.
É financiada pela União Europeia e este ano mais de 9.600 empresas, representando mais de metade da capitalização do mercado global, divulgaram os dados ambientais através do CDP.
De acordo com a lista hoje tornada pública, a Dinamarca tem o maior número de cidades europeias com melhor pontuação, seis, seguindo-se a Suécia (cinco), a Finlândia (quatro) e depois Espanha e Portugal, com três cidades cada.
As melhores pontuações colocam as cidades na chamada lista de cidades "classe A", reconhecendo-se os seus esforços para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e criar resistência aos impactos das alterações climáticas.
No ano passado as cidades portuguesas "classe A" foram Lisboa, Sintra e Guimarães. Os Estados Unidos lideraram em número de cidades A.
No anúncio da lista deste ano o CDP nota que apesar das pressões para combater a epidemia de covid-19 há três municípios portugueses a juntarem-se a mais 33 outros municípios só da Europa. Para a lista entraram este ano novas 13 cidades do continente europeu.
O CDP nota também os progressos alcançados nos últimos cinco anos, desde a assinatura do Acordo de Paris sobre o clima, com todas as 33 cidades a estabelecerem objetivos de redução de emissões de gases e a apresentarem planos de adaptação aos impactos das alterações climáticas. Há cinco anos só uma em cada cinco dessas cidades tinha um plano.
Porto, Braga e Águeda, mas também outras como Helsínquia, Florença ou Copenhaga, "estão a trabalhar para se tornarem locais resilientes, saudáveis e prósperos para se viver e trabalhar, ao mesmo tempo que reduzem as emissões e constroem rapidamente resiliência contra as alterações climáticas", diz-se no documento a que a Lusa teve acesso.
O CDP nota ainda que na lista das cidades deste ano há 10 cidades europeias a trabalhar para serem alimentadas a 100% por energias renováveis até 2050.
Na atribuição da "classe A" o CDP tem em conta fatores como inventários das emissões à escala da cidade, metas de redução de emissões, ou planos de ação climática e de avaliação de riscos climáticos.
"O Porto comprometeu-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 50% até 2030. É absolutamente crucial o papel das cidades na mitigação e adaptação às alterações climáticas, liderando pelo exemplo, envolvendo empresas, universidades e cidadãos para alcançar os objetivos globais estabelecidos no Acordo de Paris", disse, citado no documento hoje divulgado, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
O autarca salientou os investimentos feitos em eficiência energética, produção de energia renovável e intervenções bioclimáticas em edifícios públicos, bem como transportes públicos ecológicos e acessíveis, para tornar o Porto "mais saudável, mais ecológico, mais sustentável e mais resistente".
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, diz no mesmo documento que "em resposta aos prementes desafios que o mundo enfrenta, Braga fez os mais diversos esforços para criar estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas. Esta é uma questão considerada como prioridade absoluta".
Numa declaração à Lusa, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que a distinção da cidade é o reconhecimento público de "todo o esforço e empenho" da autarquia no desenvolvimento de projetos nas áreas do ambiente e da sustentabilidade.
"Águeda é um município atento e preocupado com as questões ambientais, tentando sempre adotar as melhores práticas, procurando também inspirar e ser um exemplo a ter como referência para outros, tendo sido também, recentemente, reconhecido como um dos 100 melhores Destinos Mundiais Sustentáveis de 2020", disse o responsável.
No documento enviado à Lusa o CDP lembra que as emissões globais de gases com efeito de estufa devem ser reduzidas para metade em 2030 e ser neutras em 2050, para evitar alterações climáticas "catastróficas", e as cidades da lista A "demonstram que é possível uma ação com impacto e urgente".
Na quinta-feira o CDP apresenta um guia para ajudar as cidades a estabelecer uma metodologia com objetivos científicos na área do combate às alterações climáticas e mitigação dos seus efeitos.
É financiada pela União Europeia e este ano mais de 9.600 empresas, representando mais de metade da capitalização do mercado global, divulgaram os dados ambientais através do CDP.
As melhores pontuações colocam as cidades na chamada lista de cidades "classe A", reconhecendo-se os seus esforços para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e criar resistência aos impactos das alterações climáticas.
No ano passado as cidades portuguesas "classe A" foram Lisboa, Sintra e Guimarães. Os Estados Unidos lideraram em número de cidades A.
No anúncio da lista deste ano o CDP nota que apesar das pressões para combater a epidemia de covid-19 há três municípios portugueses a juntarem-se a mais 33 outros municípios só da Europa. Para a lista entraram este ano novas 13 cidades do continente europeu.
O CDP nota também os progressos alcançados nos últimos cinco anos, desde a assinatura do Acordo de Paris sobre o clima, com todas as 33 cidades a estabelecerem objetivos de redução de emissões de gases e a apresentarem planos de adaptação aos impactos das alterações climáticas. Há cinco anos só uma em cada cinco dessas cidades tinha um plano.
Porto, Braga e Águeda, mas também outras como Helsínquia, Florença ou Copenhaga, "estão a trabalhar para se tornarem locais resilientes, saudáveis e prósperos para se viver e trabalhar, ao mesmo tempo que reduzem as emissões e constroem rapidamente resiliência contra as alterações climáticas", diz-se no documento a que a Lusa teve acesso.
O CDP nota ainda que na lista das cidades deste ano há 10 cidades europeias a trabalhar para serem alimentadas a 100% por energias renováveis até 2050.
Na atribuição da "classe A" o CDP tem em conta fatores como inventários das emissões à escala da cidade, metas de redução de emissões, ou planos de ação climática e de avaliação de riscos climáticos.
"O Porto comprometeu-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 50% até 2030. É absolutamente crucial o papel das cidades na mitigação e adaptação às alterações climáticas, liderando pelo exemplo, envolvendo empresas, universidades e cidadãos para alcançar os objetivos globais estabelecidos no Acordo de Paris", disse, citado no documento hoje divulgado, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
O autarca salientou os investimentos feitos em eficiência energética, produção de energia renovável e intervenções bioclimáticas em edifícios públicos, bem como transportes públicos ecológicos e acessíveis, para tornar o Porto "mais saudável, mais ecológico, mais sustentável e mais resistente".
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, diz no mesmo documento que "em resposta aos prementes desafios que o mundo enfrenta, Braga fez os mais diversos esforços para criar estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas. Esta é uma questão considerada como prioridade absoluta".
Numa declaração à Lusa, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que a distinção da cidade é o reconhecimento público de "todo o esforço e empenho" da autarquia no desenvolvimento de projetos nas áreas do ambiente e da sustentabilidade.
"Águeda é um município atento e preocupado com as questões ambientais, tentando sempre adotar as melhores práticas, procurando também inspirar e ser um exemplo a ter como referência para outros, tendo sido também, recentemente, reconhecido como um dos 100 melhores Destinos Mundiais Sustentáveis de 2020", disse o responsável.
No documento enviado à Lusa o CDP lembra que as emissões globais de gases com efeito de estufa devem ser reduzidas para metade em 2030 e ser neutras em 2050, para evitar alterações climáticas "catastróficas", e as cidades da lista A "demonstram que é possível uma ação com impacto e urgente".
Na quinta-feira o CDP apresenta um guia para ajudar as cidades a estabelecer uma metodologia com objetivos científicos na área do combate às alterações climáticas e mitigação dos seus efeitos.