O ministro da Economia e Finanças, Joaquim Pina Moura (na foto), afirmou hoje que a taxa de crescimento da despesa pública em 2001 nunca será superior à verificada durante este ano.

As declarações surgem numa altura em que há um consenso da oposição e de membros do partido do Governo de que o orçamento deste ano é «despesista» e poderá colocar Portugal numa situação de não cumprimento do limite de 1,5% do produto interno bruto (PIB) para o défice orçamental, exigido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento assinado pelos Estados aderentes à moeda única no princípio de 1999.

Em declarações à margem do Conselho de Ministros da Economia e Finanças em Bruxelas, Pina Moura, citado pela estação de rádio TSF, revelou que a despesa pública «não deverá crescer a um valor superior ao intervalo entre 350 milhões e 400 milhões de contos» durante o próximo ano.

Estudos de organizações internacionias como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Fundo Monetário Internacional apontam a saúde e segurança social como sendo os sectores principais pelos aumentos da despesa pública.

Em relação à inflação, que em Junho se situou nos 2,1% em termos médios anuais, Pina Moura reiterou a meta governamental de 2% para o final do ano, apesar da generalidade dos economistas nacionais apontarem para uma inflação média anual em Dezembro de cerca de 2,5%.