Notícia
Pimco: Crise política "selou o destino de Portugal"
A maior gestora de fundos a nível mundial acredita que “a situação actual nos círculos políticos selou o destino” de Portugal, defendendo que “faria sentido nesta altura que o País recorresse a ajuda externa”.
29 de Março de 2011 às 09:57
A Pacific Investment Management Co., mais conhecida por Pimco, acredita que seria vantajoso para Portugal um pedido de ajuda ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), depois de o primeiro-ministro José Sócrates ter pedido a demissão.
“Nesta altura faria sentido que Portugal recorresse ao FEEF e obtivesse um empréstimo europeu, para ajudar a refinanciar os reembolsos de dívida que se avizinham”, diz Andrew Bosomworth, um gestor da Pimco, em entrevista à Bloomberg Television.
“Os acontecimentos na esfera política de Portugal selaram o destino do País”, assinalou o responsável da maior gestora de obrigações do mundo.
Espanha é o “campo de batalha” em que vai definir-se a crise
Ao mesmo tempo que defende uma intervenção externa em Portugal, Bosomworth comenta que a crise da dívida soberana não terminou e adianta que Espanha será o “campo de batalha” que vai definir o futuro da moeda única.
“Estamos ainda a alguma distância de poder colocar um ponto final na crise da dívida soberana”, disse Bosomworth.
“Ainda temos uma crise de sobrendividamento, uma crise de competitividade, além de um problema de credibilidade (das políticas) e um problema de flexibilidade”, sumariza.
“Enquanto esses problemas se mantiverem, corremos o risco de contágio. E poderemos entrar numa situação de fadiga política”, assinala.
Ainda assim, o gestor acredita que Espanha conseguirá “isolar-se” do contágio da crise, mas acautela que “se a Europa não fizer a coisa acertada com Espanha, poderemos dizer adeus ao projecto da moeda única”.
“Nesta altura faria sentido que Portugal recorresse ao FEEF e obtivesse um empréstimo europeu, para ajudar a refinanciar os reembolsos de dívida que se avizinham”, diz Andrew Bosomworth, um gestor da Pimco, em entrevista à Bloomberg Television.
Espanha é o “campo de batalha” em que vai definir-se a crise
Ao mesmo tempo que defende uma intervenção externa em Portugal, Bosomworth comenta que a crise da dívida soberana não terminou e adianta que Espanha será o “campo de batalha” que vai definir o futuro da moeda única.
“Estamos ainda a alguma distância de poder colocar um ponto final na crise da dívida soberana”, disse Bosomworth.
“Ainda temos uma crise de sobrendividamento, uma crise de competitividade, além de um problema de credibilidade (das políticas) e um problema de flexibilidade”, sumariza.
“Enquanto esses problemas se mantiverem, corremos o risco de contágio. E poderemos entrar numa situação de fadiga política”, assinala.
Ainda assim, o gestor acredita que Espanha conseguirá “isolar-se” do contágio da crise, mas acautela que “se a Europa não fizer a coisa acertada com Espanha, poderemos dizer adeus ao projecto da moeda única”.