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PIB nacional cresce 0,4% no segundo trimestre; 2,5% em termos homólogos (act)
O PIB nacional cresceu 0,4% no segundo trimestre do ano contra os primeiros três meses do ano, de acordo com números preliminares divulgados hoje pelo INE. Contra o mesmo trimestre do ano passado, a economia nacional avançou 2,5%.
A variação trimestral de 0,4% foi a mesma registada no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o último trimestre de 2000, mostram os números revistos do INE.
Inicialmente o INE tinha anunciado uma queda de 0,1% no PIB nos três primeiros meses deste ano.
PIB cresce 2,3% no primeiro semestreEm termos homólogos, o PIB nacional, ao progredir 2,5%, mostra um crescimento face aos 2,2% registados no primeiro trimestre do ano. No primeiro semestre deste ano, o PIB cresceu 2,3% face ao mesmo período do ano passado, uma informação que já havia sido anunciada pelo ministro das Finanças.
«Esta variação resulta, em grande medida, do comportamento mais favorável verificado em algumas componentes da procura interna, bem como do dinamismo das exportações», refere o INE em comunicado, para explicar a evolução do segundo trimestre.
Para o crescimento do PIB da primeira metade do ano o INE adianta que se deve sobretudo, «à evolução relativamente favorável da componente externa».
Portugal cresce acima da Zona EuroPara este ano o Governo estima em média que a economia nacional cresça 2%, perspectivando igual taxa de crescimento para 2002.
O ministro da Economia Braga da Cruz e o ministro das Finanças Oliveira Martins têm adiantado que esperam que a economia nacional cresça acima da média da União Europeia este ano, contrariando as previsões de diversos organismos internacionais.
Pelo menos na primeira metade do ano as previsões do Governo confirmam-se, pois a Zona Euro cresceu a uma taxa de 0,1% no segundo trimestre e as estimativas apontam para uma subida inferior a 2% neste ano.
Componente interna impulsiona crescimento no segundo trimestreSegundo o INE a recuperação da actividade económica no segundo trimestre é visível na generalidade dos agregados da despesa, «resultando numa aceleração significativa da componente interna do PIB», que acelerou de um crescimento nulo no primeiro trimestre para uma subida de 1,6% de Abril a Junho deste ano, em termos homólogos.
Embora continue a demonstrar uma variação em termos homólogos, a componente automóvel da nossa economia recuperou no segundo trimestre deste ano, «apresentando uma quebra muito menos acentuada», que nos três primeiros meses de 2001.
Outro sector que evidenciou uma recuperação no segundo trimestre foi a construção, beneficiando a componente do investimento. A construção aumentou 2,7% em termos homólogos no segundo trimestre, contra uma queda nos primeiros três meses deste ano, a que se deve uma melhoria das condições climatéricas.
Exportações crescem acima das exportações«Também a procura externa teve um contributo bastante positivo para o crescimento do PIB na primeira metade do ano, principalmente no trimestre inicial, em virtude da ligeira queda das Importações de Bens e Serviços (-0,3%)», refere o INE.
Por seu lado, as exportações de bens e serviços (sem a componente turismo) cresceram 6,6% e 9,8% em termos homólogos, nos primeiro e segundo trimestres, respectivamente.
«Este agregado beneficiou, particularmente no segundo trimestre, da forte aceleração homóloga da componente automóvel que, em igual período do ano anterior, tinha sofrido uma desaceleração apreciável (por paragem temporária então ocorrida numa importante linha de montagem)», explica o INE.
As importações no segundo trimestre retomaram o seu ritmo de aumento (5,3% em termos homólogos), «o que em parte reflecte a recuperação da procura interna, mas que terá correspondido também a reposição de existências de produtos petrolíferos.
Por fim o INE adianta que o sector da indústria também contribuiu para a evolução do PIB no segundo trimestre deste ano, «associado fundamentalmente ao forte dinamismo da fabricação de material de transporte, com reflexo directo no crescimento das exportações já mencionado».
A preços correntes o PIB nacional atingiu os 30,56 mil milhões de euros (6,12mil milhões de contos), no segundo trimestre deste ano.