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PGR não deve contribuir para "clima de ansiedade"

O líder parlamentar do PSD, Aguiar Branco, considerou hoje, a propósito das mais recentes declarações do procurador-geral da República sobre o processo "Face Oculta", que Pinto Monteiro deve comunicar de forma mais "mais exigente" e contribuir para a "serenidade" e "transparência" e não para um "clima de ansiedade".

10 de Novembro de 2009 às 12:48
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O líder parlamentar do PSD, Aguiar Branco, considerou hoje, a propósito das mais recentes declarações do procurador-geral da República sobre o processo "Face Oculta", que Pinto Monteiro deve comunicar de forma mais "mais exigente" e contribuir para a "serenidade" e “transparência” e não para um “clima de ansiedade”.

"O senhor procurador deve ter uma forma de comunicar que contribua para a tranquilidade, para a serenidade e para a transparência, e não para deixar aqui também algum clima, eu diria, de ansiedade, pelo menos", afirmou José Pedro Aguiar Branco durante um encontro com a comunicação social, no Parlamento.

O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, disse segunda-feira que "dentro de uma semana" será "tudo esclarecido e tornado público" em relação às certidões extraídas do processo "Face Oculta".

"Na forma de comunicar, o senhor procurador deveria ter alguma preocupação mais forte. Já no passado houve situações também menos felizes, como quando disse que ouvia uns barulhinhos no telefone. A forma de comunicar deve ser mais exigente", acrescentou o líder parlamentar do PSD.

Ainda a propósito do processo "Face Oculta", Aguiar Branco disse querer "acreditar que a justiça faz o seu papel" e defendeu que as esferas judicial e política não se devem misturar.

Na segunda-feira, Pinto Monteiro afirmou aos jornalistas que "é completamente falso" que tenha recebido as certidões do processo há quatro meses sem fazer nada.

No sábado, o PGR confirmou ao Expresso que uma das nove certidões extraídas do processo se refere a escutas entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e o vice-presidente do BCP, entretanto suspenso, Armando Vara, estando a Procuradoria a analisar o caso para perceber se existem ou não fundamentos para a abertura de um inquérito crime. Entretanto, o primeiro-ministro já afirmou aos jornalistas que telefonou ao "amigo" Armando Vara.

Desde 30 de Outubro, aquando do início dos interrogatórios judiciais relativos ao processo Face Oculta, um arguido foi colocado em prisão preventiva (o empresário Manuel José Godinho) e dois outros foram suspensos de funções: Manuel Guiomar, quadro da Refer, e Mário Pinho, funcionário da Repartição de Finanças de São João da Madeira.

A Polícia Judiciária desencadeou no dia 28 de Outubro a operação Face Oculta em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel José Godinho.

No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 15 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, vice-presidente do Millennium BCP (que já suspendeu as funções), José Penedos, presidente da REN, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.
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