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Petróleo e combustíveis: Preços sobem como foguetões e descem como plumas

Quando as cotações do crude estão em alta, o reflexo é bastante fiel nas bombas. Contudo, quando caem, o consumidor demora a ver essa descida nos seus bolsos.

27 de Junho de 2011 às 18:56
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William Kovacic, ex-presidente e actual membro da Comissão Federal de Comércio [FTC, na sigla em inglês] dos Estados Unidos, veio a Lisboa, a convite da Autoridade da Concorrência, falar sobre os preços dos combustíveis, nomeadamente do efeito “foguetão e pluma”. Isto porque os preços, no mercado da energia, são muito mais rápidos no movimento de subida do que no de descida. Mas qual a razão?

“Quando os preços sobem, isso vê-se logo. Assim, se a tendência é de subida, eles rapidamente disparam. Mas quando descem, colocamo-nos muitas interrogações, daí que desçam como uma pluma, bem mais devagar”, explicou Kovacic esta manhã.

Consequentemente, quando as cotações do petróleo sobem, rapidamente se reflecte essa tendência nas bombas. Contudo, quando o movimento é o inverso, a redução de preços é mais vagarosa, pois há que perceber se a tendência é para se manter. Além disso, há quem defenda que basta cortar um pouco no preço da gasolina e do gasóleo para os consumidores já ficarem satisfeitos, daí que não seja necessário descê-los tão rapidamente quanto subi-los.

Este efeito “foguetão e pluma” nada tem a ver com um ditado que corre em Wall Street e que diz que, em bolsa, quando os preços das acções sobem vão pelas escadas (a valorização é mais vagarosa) e quando descem vão de elevador.

Kovacic relembrou ainda que, tal como dizia Michael Salinger [ex-membro da FTC], não há nada a fazer para que o preço do petróleo não suba. Bom, haver, há: “produza mais e consuma menos”.

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