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Perfil: Quem é o novo primeiro-ministro da Grécia
Lucas Papademos formou-se no Massachussets Institute of Technology, Estados Unidos, com bacharelato em Física, mestrado em Engenharia Electrónica e doutoramento em Economia.
10 de Novembro de 2011 às 13:05
A economia é a maior marca do currículo do novo primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-governador do Banco da Grécia.
Papademos, 64 anos, abandonou a vice-presidência do BCE em 2010 para se tornar conselheiro do ex-primeiro-ministro George Papandreou, sendo, também, professor visitante de Políticas Públicas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Lucas Papademos formou-se no Massachussets Institute of Technology, Estados Unidos, com bacharelato em Física, mestrado em Engenharia Electrónica e doutoramento em Economia.
Papademos, que foi substituído no BCE pelo ex-governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio, trabalhou como economista sénior do Banco da Reserva Federal de Boston, para depois se mudar para Atenas, enquanto economista chefe do banco central grego, onde ascendeu a governador em 1994, cargo que ocupou até 2002, o que significou estar à frente da instituição durante a preparação e transição para o euro.
No final de Outubro, Papademos escreveu um artigo para o Financial Times no qual defendia que a reestruturação da dívida grega não era a solução para os problemas do país, uma vez que só uma reestruturação da dívida possuída pelos credores estrangeiros privados poderia trazer benefícios.
Em 1999, Papademos dizia que "o maior desafio para a política económica dos próximos anos" na Grécia seria alcançar o emprego pleno e fazer convergir os padrões de qualidade de vida com a média da União Europeia, algo que seria atingido com a ajuda do euro, quando na altura o rendimento 'per capita' se encontrava 30 por cento abaixo da média dos Estados-membros.
Num discurso dois anos depois, Papademos afirmou que o sucesso da moeda única "não depende unicamente dos esforços concertados das autoridades a um nível europeu e nacional, mas também da preparação e cooperação de todos".
Esse discurso terminava com as seguintes palavras: "Os cidadãos e as empresas devem ser prudentes e calmos durante a introdução física do euro e a retirada do dracma, e serem compreensivos e pacientes face a qualquer problema menor que possa surgir, já que os ajustamentos de curto-prazo serão mais do que compensados pelos benefícios significativos e de longa duração".
A presidência da República grega confirmou hoje Lucas Papademos como Primeiro Ministro do novo governo, pondo fim a uma negociação que se arrastava desde segunda-feira.
"O Presidente deu ao senhor Papademos mandato para formar governo", disse hoje a presidência, em comunicado.
Papademos deverá agora liderar um governo de unidade nacional, com ministros do Partido Socialista e do partido conservador, a ND, da oposição de direita, e substituiu no cargo Georges Papandreou, o primeiro-ministro cessante, que se demite a meio do mandato de quatro anos.
O novo governo, que deverá ficar em funções até as eleições antecipadas, previstas para 19 de Fevereiro de 2011, tem agora como funções descongelar a sexta 'tranche', no valor de oito mil milhões de euros, do resgate internacional à Grécia e reforçar a manutenção do país na Zona Euro.
O novo governo da Grécia vai tomar posse na sexta-feira, às 14:00 horas de Atenas (12:00 de Lisboa), estando já terminadas as conversações para constituir um executivo de unidade nacional, anunciou também a presidência grega.
Papademos, 64 anos, abandonou a vice-presidência do BCE em 2010 para se tornar conselheiro do ex-primeiro-ministro George Papandreou, sendo, também, professor visitante de Políticas Públicas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Papademos, que foi substituído no BCE pelo ex-governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio, trabalhou como economista sénior do Banco da Reserva Federal de Boston, para depois se mudar para Atenas, enquanto economista chefe do banco central grego, onde ascendeu a governador em 1994, cargo que ocupou até 2002, o que significou estar à frente da instituição durante a preparação e transição para o euro.
No final de Outubro, Papademos escreveu um artigo para o Financial Times no qual defendia que a reestruturação da dívida grega não era a solução para os problemas do país, uma vez que só uma reestruturação da dívida possuída pelos credores estrangeiros privados poderia trazer benefícios.
Em 1999, Papademos dizia que "o maior desafio para a política económica dos próximos anos" na Grécia seria alcançar o emprego pleno e fazer convergir os padrões de qualidade de vida com a média da União Europeia, algo que seria atingido com a ajuda do euro, quando na altura o rendimento 'per capita' se encontrava 30 por cento abaixo da média dos Estados-membros.
Num discurso dois anos depois, Papademos afirmou que o sucesso da moeda única "não depende unicamente dos esforços concertados das autoridades a um nível europeu e nacional, mas também da preparação e cooperação de todos".
Esse discurso terminava com as seguintes palavras: "Os cidadãos e as empresas devem ser prudentes e calmos durante a introdução física do euro e a retirada do dracma, e serem compreensivos e pacientes face a qualquer problema menor que possa surgir, já que os ajustamentos de curto-prazo serão mais do que compensados pelos benefícios significativos e de longa duração".
A presidência da República grega confirmou hoje Lucas Papademos como Primeiro Ministro do novo governo, pondo fim a uma negociação que se arrastava desde segunda-feira.
"O Presidente deu ao senhor Papademos mandato para formar governo", disse hoje a presidência, em comunicado.
Papademos deverá agora liderar um governo de unidade nacional, com ministros do Partido Socialista e do partido conservador, a ND, da oposição de direita, e substituiu no cargo Georges Papandreou, o primeiro-ministro cessante, que se demite a meio do mandato de quatro anos.
O novo governo, que deverá ficar em funções até as eleições antecipadas, previstas para 19 de Fevereiro de 2011, tem agora como funções descongelar a sexta 'tranche', no valor de oito mil milhões de euros, do resgate internacional à Grécia e reforçar a manutenção do país na Zona Euro.
O novo governo da Grécia vai tomar posse na sexta-feira, às 14:00 horas de Atenas (12:00 de Lisboa), estando já terminadas as conversações para constituir um executivo de unidade nacional, anunciou também a presidência grega.