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Peneda-Gerês com 50 sapadores e quatro antenas de rede móvel a funcionar

O ministro do Ambiente anunciou a entrada em funcionamento, esta sexta-feira, de quatro das seis antenas de reforço da cobertura da rede móvel no Parque Peneda Gerês e a contratação de 50 sapadores florestais para aquela área protegida.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Junho de 2017 às 00:23
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"Quatro das seis antenas de telecomunicações instaladas no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), em sítios onde não havia comunicações móveis, estarão em funcionamento, tal como estava previsto. Desta forma, consegue-se facilitar o pedido de socorro, para além de poder atender às necessidades comuns de um vasto conjunto de pessoas que ainda vivem no parque", afirmou à Lusa João Matos Fernandes.

 

O governante, que falava à agência Lusa a propósito da apresentação, esta sexta-feira, das medidas previstas no projecto-piloto para o PNPG, adiantou que "50 sapadores florestais estão contratados, parte deles pelo Instituto de Conservação da Natureza (ICNF) e outra parte pela Adere - Peneda Gerês (Associação de Desenvolvimento de Desenvolvimento Regional) que integra os cinco municípios do PNPG".

 

Explicou que o custo da contratação daqueles elementos, a distribuir por dez equipas, será suportado pelo Fundo Ambiental e "vão ajudar na prevenção estrutural de incêndios".

 

Aquela é uma das 11 medidas do projecto-piloto de prevenção de incêndios florestais e de valorização e recuperação de habitats naturais no PNPG, aprovado em conselho de ministros em Outubro de 2016 e que envolve um investimento global de 8,5 milhões de euros em aproximadamente seis anos.

 

O ponto de situação da execução daquele documento, elaborado na sequência dos incêndios que, em 2016, consumiram cerca de sete mil hectares, 10% dos 70 mil hectares daquela área protegida, é apresentado hoje, às 10:00, na porta do Mezio, em Arcos de Valdevez, uma das cinco portas de entrada no PNPG e uma das zonas mais afectadas pelos fogos de 2016.

 

Matos Fernandes afirmou que outras das medidas previstas, e concretizadas, para o primeiro dos três anos do projecto-piloto prendem-se com a recuperação de "um vasto conjunto de áreas que arderam o ano passado e a protecção de algumas particularmente sensíveis".

 

"Os concursos estão feitos e os contratos celebrados" frisou, adiantando que das áreas ardidas, em 2016, "a única" onde ainda não começou o trabalho de recuperação é a do Mezio, onde se prevê a rearborização de quase 500 hectares de área florestal.

 

"É, de facto, uma área bastante grande. Estão, neste momento, a ser analisadas as propostas do concurso internacional porque o valor da contratação não permitia o ajuste directo", especificou, sublinhando que este é um projecto "estrutural", que "não foi pensado para a fase de maior risco que agora se avizinha".

 

O PNPG foi criado em 1971 e é a única área protegida no país com a classificação de parque nacional. Localiza -se no noroeste de Portugal, abrangendo o território de cinco municípios: Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo e os concelhos de Terras de Bouro e Montalegre, no distrito de Braga.

 

Com uma área de mais de 69.000 hectares, encerra "uma diversidade biológica destacada, uma riqueza específica elevada e um número significativo de espécies endémicas".

 

O PNPG "destaca-se ainda pela extensão e pela diversidade extraordinária de habitats naturais", evidenciando-se "as matas climáticas de carvalhos, associadas ao azevinho, ao medronheiro, ao teixo e ao sobreiro".

 

Constitui, juntamente com o Parque Natural da Baixa Limia/Serra do Xurés, na Galiza, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e, em conjunto com esse parque natural espanhol, integra, desde 2009, a Reserva Mundial da Biosfera.

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