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Pedrógão Grande: Número de arguidos aumenta para 13

O número de arguidos no inquérito que investiga os incêndios de Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, que provocaram 66 mortos em Junho do ano passado, aumentou para 13, anunciou na terça-feira a Procuradoria da Comarca de Leiria.

20 de Junho de 2018 às 01:20
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"No âmbito do inquérito onde se investigam as circunstâncias que rodearam os incêndios de Pedrógão Grande foram, esta terça-feira, constituídos três arguidos. Assim, o processo tem, neste momento, 13 arguidos, todos pessoas singulares", refere uma nota publicada no sítio da Procuradoria na Internet.

 

A mesma nota adianta que neste inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria, "estão em causa factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência".

 

"Tal como foi oportunamente informado, o inquérito encontra-se em avançado estado de investigação, tendo já sido realizadas inúmeras diligências, sobretudo de carácter pericial, e ouvidas mais de duas centenas de testemunhas", acrescenta a Procuradoria, explicando que neste inquérito, que se encontra em Segredo de Justiça, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária.

 

Fernando Lopes, ex-presidente da Câmara de Castanheira de Pera, está entre os arguidos, confirmou o próprio à Lusa.

 

Também o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, confirmou ter sido constituído arguido, adiantando que não falará sobre o assunto até o inquérito estar concluído.

 

Em Junho de 2017, os incêndios que deflagraram na zona de Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, provocaram 66 mortos: a contabilização oficial assinalou 64 vítimas mortais, mas houve ainda registo de uma mulher que morreu atropelada ao fugir das chamas e uma outra que estava internada desde então, em Coimbra, e que acabou também por morrer. Houve ainda mais de 250 feridos.

 

Em Dezembro desse ano, foram constituídos arguidos o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, e o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol.

 

No passado dia 2 de Maio, a Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra (PGDC) informou que o número de arguidos naquela data era de seis.

 

"O inquérito relativo aos incêndios de Pedrógão Grande tem seis arguidos. Dois haviam sido constituídos em Dezembro último [de 2017]. Os restantes quatro, três deles ligados à área de gestão de combustíveis e um às operações de comando de combate ao incêndio, foram constituídos e interrogados como arguidos nos últimos dias de Abril", anunciou na ocasião.

 

No mesmo dia, num esclarecimento enviado à agência Lusa, a Ascendi Pinhal Interior informou ter "conhecimento de que dois dos seus colaboradores afectos a esta subconcessionária foram ouvidos em interrogatório e constituídos arguidos no âmbito da investigação" aos incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes.

 

Já no passado dia 11, a PGDC anunciou que o número de arguidos tinha aumentado para dez, tendo-se constituído como assistentes 12 pessoas.

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