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PCP critica proposta de Passos Coelho para estabelecer máximo de reformas

O secretário-geral do PCP criticou hoje a proposta do líder do PSD para a definição de limite máximo de reformas pagas pelo Estado, considerando que esta é uma solução que beneficia os privados.

20 de Abril de 2011 às 20:03
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"Essa proposta de Passos Coelho é uma medida claramente direcionada para um plafonamento que faça sair do regime da Segurança Social aqueles que mais descontam, e simultaneamente esconder que havia possibilidades de se conseguir uma outra política fiscal", disse Jerónimo de Sousa à agência Lusa.

O líder do PSD, Passos Coelho, admitiu na terça-feira a definição de um limite máximo de reformas pagas pelo Estado, considerando que há hoje em Portugal muitas pessoas "que auferem reformas desproporcionadas aos descontos que fizeram".

Para Jerónimo de Sousa, esta proposta é um "subterfúgio" com a intenção de criar "um certo plafonamento para que aqueles trabalhadores que mais descontam saiam do sistema" da Segurança Social.

O líder comunista acrescentou que a solução para resolver os problemas do país passa por acabar "com os privilégios, os benefícios e taxando os lucros e as grandes fortunas".

Quanto aos números da execução orçamental apresentados hoje pelo Governo - défice da Administração Central atingiu os 148 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, menos 1.665 milhões - Jerónimo de Sousa adiantou que, "a confirmar" esses valores, o Governo deve explicar sobre à "custa de quem" foi conseguido.

"Houve cortes nos salários, aumento dos impostos, congelamento de pensões e de reformas, corte nos apoios sociais. Teve uma consequência de aumento de receitas e redução da despesa, mas o grande problema é que a factura foi cobrada essencialmente a quem trabalha, a quem vive da sua pensão e do seu pequeno negócio", disse. Adiantou que estas medidas deixaram "intocáveis aqueles que continuam de vento em popa, com lucros fabulosos, os grandes grupos económicos e o sector financeiro".

O secretário-geral do PCP esteve esta tarde reunido na sede do partido com uma delegação do Movimento de Utentes dos Serviços Público. Segundo Carlos Braga, membro do movimento, foram abordadas várias questões que afectam actualmente diversas áreas dos serviços públicos, como a saúde, transportes e educação.

Manifestámos um conjunto de preocupações tendo em consideração um conjunto de decisões e medidas tomadas pelo Governo, que têm prejudicado os utentes e põem em causa o próprio funcionamento dos diversos serviços públicos", disse.

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