"Saio daqui com a consciência do dever cumprido", disse à Agência Lusa e à RTP.

Paulo Portas terminou no domingo uma visita de dois dias a Caracas, no âmbito da sétima Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral, durante a qual foram assinados 14 novos acordos de cooperação, no valor de 1.680 milhões de dólares.

Explicou que "em sectores como a habitação, electricidade, energia, agro-alimentar, educação (...) há um potencial de oportunidades" e disse que "tão importante como assinar um contrato é também fazer o seu seguimento".

Por outro lado referiu-se à entrada da Venezuela no Mercado Comum do Sul, defendendo que "vai levar a uma maior internacionalização da economia da Venezuela e também a uma maior institucionalidade, porque há regras de integração económica na adesão a esses blocos de natureza regional e, portanto, é uma matéria que é relevante para o futuro".

Sobre as relações entre Portugal e a Venezuela precisou que "são relações entre Estados, são relações entre governos que se respeitam mutuamente, cada um tem as suas ideias".

"Agora são relações no plano internacional. Há uma grande comunidade portuguesa aqui na Venezuela, o primeiro dever dum governo é olhar pelos seus nacionais que estão espalhados não só na nossa terra como pelo mundo", disse, indicando que a relação entre os dois países é institucional e "não depende de estar este ou aquele governo".