Pedro Passos Coelho garante que o plano de investimento Juncker não contempla parcerias público privadas (PPP) que sejam danosas para o Estado português.

"Não haverá seguramente nenhum regresso às célebres PPP, em que as vantagens comerciais ficam do lado dos privados e os riscos do lado dos contribuintes", garantiu.

O primeiro-ministro falou em Bruxelas esta sexta-feira, 20 de Março, no final do Conselho Europeu.

As declarações de Passos Coelho foram feitas na semana que se ficou a saber que o Governo português vai voltar a apostar em novas parcerias público privadas.

É que dos 113 projectos estratégicos em Portugal do novo plano de investimento europeu, 24 são PPP. O investimento total do plano Juncker para Portugal vale 31,9 mil milhões com as PPP a ascenderem a 13,6 mil milhões do total.

A notícia foi avançada pelo Diário de Notícias e Jornal de Notícias na segunda-feira, 16 de Março.

Pedro Passos Coelho sublinhou que estas novas PPP são "projectos muito importantes para Portugal" e que "poderão ter cobertura no fundo europeu que está a ser construído".

A lista de novas PPP contempla 800 milhões para o novo terminal de contentores de Lisboa, outros 600 milhões para acabar as obras na estrada IP3 (Coimbra-Viseu e ligações a Espanha) e mais 600 milhões para o metropolitano de Lisboa. Já a reforma da rede de águas e de tratamento de resíduos poderá receber 3,7 mil milhões de euros.