O mercado do estacionamento em Portugal deverá ter terminado o ano de 2006 com um crescimento de 4% das receitas globais, avaliadas em 83 milhões de euros. Os dados da consultora espanhola DBK apontam para uma tendência de crescimento do sector nacional na ordem dos 5% em 2007.  

De acordo com o estudo da consultora espanhola, divulgado recentemente, esta tendência de crescimento verifica-se já há dois anos, já que em 2005, as receitas atingiram 80 milhões de euros, mais 6,7% do que no ano antecedente.

Do total, o segmento do estacionamento edificado (subterrâneos, ao ar livre ou em superfície), gera 71% da receita, com 110 mil lugares em 2005. Já os 100 mil lugares atribuídos a parquímetros geraram os restantes 23 milhões de euros.  

A análise defende que "a crescente concorrência no mercado de estacionamentos em concessão está a impulsionar a procura de novas oportunidade de negócio".

Os exemplos vêem dos segmentos dos hospitais, escolas e universidades, que podem revelar-se nichos de mercado interessantes para os principais operadores. Também o segmento associado a estações de caminhos de ferro e metropolitano poderão potenciar um aumento da oferta de estacionamentos pagos, sublinha a DBK.

Oferta concentrada

Na sua análise ao mercado português, a DBK concluiu ainda que a oferta de lugares pagos de estacionamento está "muito concentrada num número reduzido de operadores". Cinco, para ser mais preciso: a Emparque, a EMEL, Bragaparques, SPEl e CPE – que em 2005 reuniram uma quota de 65,7% do volume de negócios.

A concentração revela-se igualmente do ponto de vista geográfico. Uma maioria de 80% dos estacionamentos edificado localizam-se na região de Lisboa.

Distribuído por distritos, a oferta divide-se em pouco mais de 60% para Lisboa, 16% para Setúbal e 10% para o Porto. "contudo", salienta a DBK, "nos últimos anos tem-se notado um dinamismo considerável nos distritos da zona Norte-Centro Litoral".