Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Parceiros, não adversários". China espera melhoria das relações com EUA

O primeiro-ministro chinês garante que não quer estar de costas voltadas para os EUA. Já a secretária de Estado do Tesouro norte-americana sublinha que a relação bilateral ficou "numa base mais estável" em 2023.

Li Qiang, primeiro-ministro chinês, esteve em Davos, onde apelou a uma maior cooperação internacional.
Li Qiang, o primeiro-ministro da China. Gian Ehrenzeller/Epa
07 de Abril de 2024 às 10:50
  • ...
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse este domingo que Washington e Pequim devem ser "parceiros, não adversários", num encontro com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que pediu comunicação mais "aberta e direta".

Li Qiang disse em Pequim que a população chinesa tem acompanhado de perto a visita de Yellen, o que demonstra "a expectativa e esperança de que a relação entre a China e os Estados Unidos continue a melhorar".

"Embora tenhamos mais a fazer, acredito que, ao longo do ano passado, colocámos a nossa relação bilateral numa base mais estável", disse Yellen, de acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA.

"Isso não significou ignorar as nossas diferenças ou evitar conversas difíceis", sublinhou Yellen. "Significou compreender que só podemos progredir se comunicarmos direta e abertamente uns com os outros", acrescentou.

No sábado, Yellen tinha-se encontrado, na cidade de Guangzhou, no sul da China, com o homólogo chinês, He Lifeng, numa reunião em que concordaram realizar "intercâmbios intensivos com vista a um crescimento equilibrado".

De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, Yellen disse no encontro que iria aproveitar os intercâmbios para defender "condições equitativas para os trabalhadores e as empresas norte-americanas".

Washington está particularmente preocupado com o aumento das exportações chinesas a baixo custo em setores como veículos elétricos, baterias de iões de lítio e painéis solares, o que pode impedir a formação de uma indústria norte-americana nestas áreas.

Yellen advertiu ainda no sábado as empresas chinesas contra a prestação de ajuda à Rússia e à sua indústria de defesa na guerra na Ucrânia.

"As empresas, em particular as chinesas, não devem fornecer apoio material à guerra da Rússia contra a Ucrânia, à indústria de defesa russa", afirmou, alertando que quem o fizer sofrerá "consequências significativas".

A visita de Yellen, a segunda à China num ano, ocorre num momento em que Washington e Pequim estão em desacordo sobre uma série de questões, incluindo o acesso a tecnologias de ponta, o futuro de Taiwan e a aplicação chinesa TikTok, que poderá ser banida nos EUA.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, falaram na terça-feira, numa chamada telefónica que a Casa Branca descreveu como franca, mas na qual, de acordo com o Governo chinês, houve alguma fricção.
Ver comentários
Saber mais Conflito guerra e paz Janet Yellen Estados Unidos China Pequim Li Qiang Xi Jinping Joe Biden He Lifeng TikTok
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio