Notícia
Os desafios do novo líder do PSD
Liderar a oposição, renovar e pacificar o partido e preparar um programa e uma equipa para a eventualidade do regresso do PSD ao Governo são os grandes desafios de Pedro Passos Coelho a partir de hoje.
Liderar a oposição, renovar e pacificar o partido e preparar um programa e uma equipa para a eventualidade do regresso do PSD ao Governo são os grandes desafios de Pedro Passos Coelho a partir de hoje.
Execução do PEC
Negociar com o Governo as medidas que ainda estão em "aberto"
O PSD viabilizou pela abstenção o projecto de resolução do PEC, mas o comprometimento social-democrata não passou do papel, com o novo líder a dizer que não se sente nada condicionado por aquele voto. Há medidas, sobretudo de âmbito fiscal, que precisam de autorizações legislativas no Parlamento. Nessa altura se verá qual a indicação de voto que o novo líder dará ao grupo parlamentar, sendo que o chumbo dessas propostas levará novamente a ameaças de crise política por parte do Governo.
Eleições Presidenciais
Levar Cavaco Silva à vitória contra a renovada frente de esquerda
Se não houver surpresas no calendário, as Presidenciais serão o primeiro combate eleitoral da nova liderança, já em Janeiro de 2011. O apoio do PSD a Cavaco Silva é "entusiasta", caso o actual Presidente queira recandidatar-se. O próprio relacionamento com Belém será outro desafio do novo presidente do PSD: as picardias entre os dois actores são antigas (desde que Cavaco era primeiro-ministro e Passos Coelho líder da JSD) e ao Presidente não interessa qualquer foco de instabilidade política até às Presidenciais.
Revisão programática
Actualizar o programa da social-democracia em Portugal
A revisão programática está em curso há vários meses e está a ser coordenado por Paula Teixeira da Cruz, que apoiou antes Ferreira Leite e está agora com Passos Coelho. O objectivo é actualizar um programa inalterado desde 1992 com propostas "reformistas e ambiciosas". A globalização desregulada, a perda de competitividade na Europa e a nova realidade do país são pressupostos para o programa a apresentar aos militantes, e que irá também clarificar o processo de regionalização.
Revisão constitucional
Impor novo sistema eleitoral e mudanças no programa económico
Passos Coelho chega à liderança numa legislatura de revisão constitucional. Defende alterações orgânicas em matéria de sistema eleitoral, de modo a facilitar o voto preferencial, criam-se círculos pequenos em que os eleitores votam no partido e no deputado da sua preferência. Quer também alterar a rigidez de regras económicas impostas pela Constituição, relativas à gratuitidade nos sistemas de Educação e Saúde, assim como na possibilidade de capitalização na área da Segurança Social.
Bancada parlamentar
Conquistar a fidelidade do grupo de deputados escolhidos pela ex-líder
Aconteceu com Marcelo, com Ferreira Leite e volta a suceder agora: o líder eleito irá trabalhar com um grupo de deputados escolhidos pelo antecessor e não tem assento no Parlamento, palco por excelência do combate político numa legislatura sem maioria absoluta. Além disso, com a intenção de Aguiar-Branco abandonar a chefia parlamentar, Passos Coelho terá de encontrar um parceiro fiel na bancada do PSD. Na lista de nomes naturais para ocupar o cargo estão Mota Amaral ou Miguel Macedo.
União do partido
Incluir os adversários para excluir divergências internas no PSD
É um propósito delineado pelos vários líderes do partido nos anos mais recentes, mas que ainda espera concretização. Diluir as facções e sensibilidades internas que se manifestam no partido é um dos principais desafios de Passos Coelho. A vitória expressiva nas eleições directas e a ilusão do regresso social-democrata ao Governo poderão ajudar ao processo de pacificação do PSD. No discurso de vitória, o novo líder convidou já os derrotados a integrar a primeira linha de combate político.
Execução do PEC
Negociar com o Governo as medidas que ainda estão em "aberto"
Eleições Presidenciais
Levar Cavaco Silva à vitória contra a renovada frente de esquerda
Se não houver surpresas no calendário, as Presidenciais serão o primeiro combate eleitoral da nova liderança, já em Janeiro de 2011. O apoio do PSD a Cavaco Silva é "entusiasta", caso o actual Presidente queira recandidatar-se. O próprio relacionamento com Belém será outro desafio do novo presidente do PSD: as picardias entre os dois actores são antigas (desde que Cavaco era primeiro-ministro e Passos Coelho líder da JSD) e ao Presidente não interessa qualquer foco de instabilidade política até às Presidenciais.
Revisão programática
Actualizar o programa da social-democracia em Portugal
A revisão programática está em curso há vários meses e está a ser coordenado por Paula Teixeira da Cruz, que apoiou antes Ferreira Leite e está agora com Passos Coelho. O objectivo é actualizar um programa inalterado desde 1992 com propostas "reformistas e ambiciosas". A globalização desregulada, a perda de competitividade na Europa e a nova realidade do país são pressupostos para o programa a apresentar aos militantes, e que irá também clarificar o processo de regionalização.
Revisão constitucional
Impor novo sistema eleitoral e mudanças no programa económico
Passos Coelho chega à liderança numa legislatura de revisão constitucional. Defende alterações orgânicas em matéria de sistema eleitoral, de modo a facilitar o voto preferencial, criam-se círculos pequenos em que os eleitores votam no partido e no deputado da sua preferência. Quer também alterar a rigidez de regras económicas impostas pela Constituição, relativas à gratuitidade nos sistemas de Educação e Saúde, assim como na possibilidade de capitalização na área da Segurança Social.
Bancada parlamentar
Conquistar a fidelidade do grupo de deputados escolhidos pela ex-líder
Aconteceu com Marcelo, com Ferreira Leite e volta a suceder agora: o líder eleito irá trabalhar com um grupo de deputados escolhidos pelo antecessor e não tem assento no Parlamento, palco por excelência do combate político numa legislatura sem maioria absoluta. Além disso, com a intenção de Aguiar-Branco abandonar a chefia parlamentar, Passos Coelho terá de encontrar um parceiro fiel na bancada do PSD. Na lista de nomes naturais para ocupar o cargo estão Mota Amaral ou Miguel Macedo.
União do partido
Incluir os adversários para excluir divergências internas no PSD
É um propósito delineado pelos vários líderes do partido nos anos mais recentes, mas que ainda espera concretização. Diluir as facções e sensibilidades internas que se manifestam no partido é um dos principais desafios de Passos Coelho. A vitória expressiva nas eleições directas e a ilusão do regresso social-democrata ao Governo poderão ajudar ao processo de pacificação do PSD. No discurso de vitória, o novo líder convidou já os derrotados a integrar a primeira linha de combate político.