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ONU critica política monetária do BCE

A Organização das Nações Unidas (ONU) defendeu, num relatório ontem divulgado, que o Banco Central Europeu (BCE) deverá adoptar uma política monetária «expansionista» para impulsionar a economia mundial e compensar os efeitos do abrandamento dos EUA.

25 de Abril de 2001 às 11:38
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A Organização das Nações Unidas (ONU) defendeu, num relatório ontem divulgado, que o Banco Central Europeu (BCE) deverá adoptar uma política monetária «expansionista» para impulsionar a economia mundial e compensar os efeitos do abrandamento dos Estados Unidos (EUA), noticiou o «Público».

A ONU considerou que o BCE deverá adoptar uma política que teste os limites da taxa de crescimento potencial de longo prazo da Zona Euro, sublinhando que a Europa tem de assumir as suas responsabilidades na economia mundial, numa altura em que os EUA estão em desaceleração.

De acordo com a mesma fonte, a ONU acredita que os défices públicos dos países da Zona Euro estão controlados, que os saldos das contas externas não apresentam riscos e que há poucos sinais de pressões inflacionistas, pelo que seria possível uma alteração da política monetária.

A organização considerou ainda que as descidas das taxas de juro nos Estados Unidos e as perspectivas de valorização da moeda única nos mercados cambiais deverão dar maior margem de manobra ao BCE nos próximos tempos.

A principal taxa de juro do BCE, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais mundiais que ainda não baixou o preço do dinheiro desde o início do corrente ano.

Os responsáveis da autoridade monetária europeia já alertaram que só deverão baixar as taxas de juro quando existirem evidências de recuo das pressões inflacionistas. Em Março, a inflação da Zona Euro situou-se nos 2,6%, acima da meta de 2% traçada pelo BCE.

Nos EUA, a Reserva Federal (FED) já desceu a sua taxa de juro de referência num total de 200 pontos base desde o início do ano, para os actuais 4,5%, na tentativa de impulsionar o crescimento da maior economia mundial.

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