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Observadores internacionais denunciam “retrocesso democrático” na Geórgia
Os observadores do Parlamento Europeu falam de um “clima de intimidação e ódio”, depois das eleições deste fim de semana com a vitória do partido “Sonho Georgiano” próximo da Rússia. Outras organizações internacionais apontam “pressões e tensões”.
Os observadores internacionais às eleições gerais na Geórgia denunciaram este domingo casos de "intimidação é ódio", "pressões" e "desigualdades" entre os candidatos. O partido "Sonho Georgiano", próximo de Moscovo, venceu o escrutínio que decorreu este sábado.
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da NATO e da UE, afirmaram que as eleições naquele país do Cáucaso foram "marcadas por desigualdades (entre candidatos), pressões e tensões", descrevendo o ato eleitoral como "prova do declínio da democracia" na Geórgia.
De acordo com um comunicado dos observadores do Parlamento Europeu, houve esforços por parte do partido no poder para "minar e manipular a votação". O líder da delegação de Estrasburgo, Antonio López-Istúriz White, fala de "instrumentalização" de organismos públicos e de ataques constantes à União Europeia. Os observadores falam de um "retrocesso na democracia" do país candidato à adesão à UE.
A Comissão eleitoral Central da Geórgia anunciou este domingo de manhã a vitória do partido no poder, o Sonho Georgiano, com 54,08% dos votos, derrotando a coligação pró-europeia, que se recusou a admitir a derrota.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, que detém a presidência rotativa da União Europeia, deverá viajar para a Geórgia já esta segunda-feira para Tiblíssi num gesto de apoio ao homólogo georgiano.