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OCDE volta a elogiar a flexisegurança
Face aos desafios da globalização, que exigem uma maior capacidade de resposta por parte das empresas e dos trabalhadores, é preciso que a Europa avance para um modelo de organização das relações de trabalho mais flexível.
Face aos desafios da globalização, que exigem uma maior capacidade de resposta por parte das empresas e dos trabalhadores, é preciso que a Europa avance para um modelo de organização das relações de trabalho mais flexível.
A advertência é feita hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que, no âmbito do seu relatório anual sobre as "Perspectivas de Emprego", volta a sublinhar os méritos da chamada "flexisegurança", tal como ela tem vindo a ser aplicada na Áustria e na Dinamarca.
"A mundialização exige mobilidade para evitar que os trabalhadores se venham reféns de empregos sem futuro", sustém a organização sedeada em Paris, ao recomendar aos seus países membros para que olhem para os bons exemplos austríaco e dinamarquês.
"Na Áustria, as tradicionais indemnizações devidas pela perda de emprego foram substituídas por contas de poupança individuais que acompanham os trabalhadores ao longo de todo o seu percurso profissional. Se os trabalhadores perderem o seu emprego, podem escolher entre aceder aos fundos acumulados nestas contas ou conservar os direitos constituídos para uma futura pensão", exemplifica a organização, ao elogiar as políticas activas de emprego que têm vindo a ser reforçadas no conjunto dos países nórdicos, mas também na Austrália.
No seu relatório, a OCDE conclui ainda que o processo de globalização tem, na maioria dos casos, aumentado as disparidades salariais, sendo as principais excepções Espanha e Irlanda.