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Miguel Beleza: Cerimónias fúnebres adiadas para 2.ª e 3.ª feira
O corpo do ex-ministro das Finanças Miguel Beleza, falecido na quinta-feira, estará em câmara ardente na igreja do Campo Grande, em Lisboa, a partir das 18:00 de segunda-feira
O corpo do ex-ministro das Finanças Miguel Beleza, falecido na quinta-feira, estará em câmara ardente na igreja do Campo Grande, em Lisboa, a partir das 18:00 de segunda-feira e não domingo como inicialmente previsto, informou hoje fonte próxima da família.
Segundo a mesma fonte, haverá uma missa na igreja do Campo Grande às 21:00 de segunda-feira.
O funeral realiza-se na terça-feira, depois de uma missa também na igreja do Campo Grande pelas 11:00, não sendo conhecido o local onde decorre a cerimónia, que a família pretende mais reservada.
Inicialmente, segundo disse à Lusa fonte do PSD, esteve previsto que o corpo do ex-governante estivesse em câmara ardente no domingo e que o funeral se realizasse na segunda-feira, o que significa que as cerimónias fúnebres foram adiadas por 24 horas.
O economista Miguel Beleza, ministro das Finanças do XI Governo Constitucional liderado por Cavaco Silva, morreu na quinta-feira em Lisboa aos 67 anos.
Miguel Beleza foi, segundo a Lusa, vítima de paragem cardiorrespiratória.
Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza, nome completo, nascido em Coimbra a 28 de Abril de 1950, foi ministro das Finanças do XI Governo Constitucional entre 1990 e 1991, era Cavaco Silva primeiro-ministro, tendo a sua actuação sido marcada pela criação da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários). Colaborou também no processo de adesão de Portugal à União Económica e Monetária.
Foi ainda governador do Banco de Portugal entre 1992 e 1994, tendo-se demitido do cargo em conflito com o então ministro das Finanças, Jorge Braga de Macedo.
Numa entrevista ao Negócios, em 2010, explicou assim o seu desentendimento com Braga de Macedo: "Ele é que se pegou comigo. [riso] Não foi propriamente uma pega, foram algumas diferenças. O Jorge tinha umas ideias sobre taxas de juro de que não gostei, e eram questões que diziam respeito ao Banco de Portugal. Foi um fait-divers. Os objectivos fundamentais que tínhamos em relação às taxas de juro, conseguimos pô-los em prática. Não foi muito grave".
Miguel Beleza era irmão de Leonor Beleza, que ocupou os cargos de ministra da Saúde e vice-presidente da Assembleia da República e actualmente é Presidente da Fundação Champalimaud.