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O impacto da pandemia na atividade do SNS em sete gráficos

O agravamento dramático da pandemia em janeiro e o segundo confinamento tiveram um grande impacto na atividade do SNS, das cirurgias às consultas, passando pelos exames de diagnóstico. Foram as consultas presenciais nos centros de saúde que sofreram o maior rombo. Nos dois primeiros meses deste ano, mas também ao longo de toda a pandemia. A regra passou a ser consultas à distâncias. Nos hospitais, o impacto tanto nas consultas como nas cirurgias foi menor no segundo confinamento do que no primeiro.

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Cirurgias caíram menos no segundo confinamento

Cirurgias caíram menos no segundo confinamento

Nos primeiros dois meses do ano (gráfico da esquerda) realizaram-se 86,8 mil cirurgias, menos 30% do que no mesmo período do ano anterior. O gráfico da direita mostra bem o impacto da pandemia na atividade cirúrgica do SNS. Em 2020, o período mais crítico foi entre março e junho, mas o ritmo manteve-se sempre abaixo de 2019. No total, desde o início da pandemia ficaram por se realizar no SNS 164 mil operações.

Consultas hospitalares recuaram 14% até fevereiro

Consultas hospitalares recuaram 14% até fevereiro

Os hospitais conseguiram que o impacto do segundo confinamento na sua atividade fosse menor do que no primeiro. Ainda assim, há a lamentar uma redução de 14% do número de consultas externas nos dois primeiros meses deste ano (em março e abril a quebra homóloga fora de 26%). Como se vê no gráfico da direita, a atividade mensal esteve quase sempre abaixo do ritmo registado um ano antes.

Centros de saúde sofreram a maior quebra de atividade

Centros de saúde sofreram a maior quebra de atividade

Entre as principais atividades do SNS, é nas consultas presenciais que se regista a maior quebra nos primeiros dois meses deste ano (gráfico da esquerda), mas também ao longo de todos os meses da pandemia (gráfico da direita). Os centros de saúde e as USF passaram a apostar na atividade não presencial. Nos primeiros dois meses do ano, as consultas físicas e presenciais caíram 47%, quase tanto como no primeiro confinamento.

Exames caíram a pique até fevereiro

Exames caíram a pique até fevereiro

Também a atividade dos meios complementares e de diagnóstico e terapêutica caiu de forma significativa com este segundo confinamento. Só no mês de janeiro (não existem dados para fevereiro), registou-se uma quebra de 82% nos exames na área da neurofisiologia - foram menos cinco mil exames. No entanto, em termos de variação absoluta, o destaque vai para a medicina física e de reabilitação e análises clínicas, em que se realizaram menos 1,3 milhões de exames e menos meio milhão de análises, só em janeiro. Na radiologia, a quebra absoluta foi de 157 mil e na cardiologia de 41 mil.

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