Notícia
Nogueira Leite: actualização do défice demonstra "incontinência financeira" dos executivos de Sócrates
O economista e membro do Conselho Nacional do PSD, António Nogueira Leite, considerou hoje que a actualização do défice português de 2010 levará a que os próximos anos estejam condicionados pela "incontinência financeira" praticada pelos governos de José Sócrates.
23 de Abril de 2011 às 18:40
"Mais uma vez assistimos a mais um elemento que demonstra o quanto os nossos exercícios orçamentais dos próximos anos vão estar condicionados por esta política de verdadeira incontinência financeira que caracterizou os consulados do engenheiro Sócrates", disse Nogueira Leite à agência Lusa, comentando a revisão em alta do défice de 2010 para 9,1% do Produto Interno Bruto (PBI).
Esta "permanente actualização em alta dos défices", que "já vem a acontecer desde o período anterior às eleições de 2009", diz o economista, "ilustra de uma forma cabal o nível de responsabilidades que estavam escondidas e vão sendo reveladas".
"Não se trata de uma mera actualização contabilística, trata-se do reconhecimento de valores que têm fortíssimas implicações económicas e financeiras" para Portugal, denota Nogueira Leite.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1% do Produto Interno Bruto (PBI), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP).
"Nos termos dos regulamentos da União Europeia, em 22 de Abril [sexta-feira], o INE enviou ao Eurostat uma revisão da primeira notificação de 2011 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE). A revisão efectuada determinou um aumento da necessidade de financiamento e da dívida das Administrações Públicas, respectivamente, em 0,5 e em 0,6 pontos percentuais do PIB em relação aos valores apurados para 2010 na notificação inicial", revela o INE em comunicado.
No final de Março o défice orçamental de 2010 tinha sido actualizado para 8,6%.
O nível de dívida pública de 2010 foi agora também afectado, subindo de 92,4 para 93% do PIB. A dívida pública terá atingido os 160.470,1 milhões de euros contra os 159.469,1 milhões de euros de Março.
Esta "permanente actualização em alta dos défices", que "já vem a acontecer desde o período anterior às eleições de 2009", diz o economista, "ilustra de uma forma cabal o nível de responsabilidades que estavam escondidas e vão sendo reveladas".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1% do Produto Interno Bruto (PBI), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP).
"Nos termos dos regulamentos da União Europeia, em 22 de Abril [sexta-feira], o INE enviou ao Eurostat uma revisão da primeira notificação de 2011 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE). A revisão efectuada determinou um aumento da necessidade de financiamento e da dívida das Administrações Públicas, respectivamente, em 0,5 e em 0,6 pontos percentuais do PIB em relação aos valores apurados para 2010 na notificação inicial", revela o INE em comunicado.
No final de Março o défice orçamental de 2010 tinha sido actualizado para 8,6%.
O nível de dívida pública de 2010 foi agora também afectado, subindo de 92,4 para 93% do PIB. A dívida pública terá atingido os 160.470,1 milhões de euros contra os 159.469,1 milhões de euros de Março.