O inimigo é perigoso, mas controlável. Precisa, no entanto, de vigilância atenta e coordenada. Tem nomes tropicais como dengue ou malária e parece estar longe do pensamento e ainda mais do corpo. Todavia, a globalização trouxe na bagagem o aumento de viajantes ocasionais e de trabalhadores temporários em zonas de risco, como África, em que o potencial de contágio cresce exponencialmente.

Para combater a ameaça, o Sistema Nacional de Saúde conseguiu, no Norte, criar um escudo de protecção à difusão de doenças contagiosas tipicamente decorrentes das migrações. São sete os centros internacionais de vacinação, espalhados por toda a região, que aumentaram a eficiência da prevenção e conferiram comodidade ao processo.

Há 15 anos era apenas um centro [nos Guindais, zona histórica do Porto], a que uma das coordenadoras, Gabriela Saldanha, denomina carinhosamente de "Casa Mãe". O modelo foi de sucesso, por isso teve seis rebentos, até 2009, e explica-se de forma sintética: juntar num só local a "consulta do viajante", que engloba o diagnóstico, a vacinação e a emissão do boletim internacional de vacinação.

"Está tudo reunido no mesmo edifício, com uma muito maior comodidade, sem que as pessoas tenham de saltar entre várias capelinhas. Fica tudo resolvido num só dia, a não ser que seja um caso de gravidez ou de doença associada", justifica a responsável Gabriela Saldanha (na foto).


Os obstáculos que foram necessários ultrapassar e as soluções encontradas são hoje contadas na edição em papel do Negócios em mais uma história em que se remou contra a maré e se chegou a bom porto.